O Google e outras ferrramentas de busca favorecem, no ranking dos resultados, os sites para os quais muitos links apontam, com o argumento de que são altas as chances de publicarem conteúdo importante. No entanto, esse favorecimento fez com que muitos gestores passassem a aplicar práticas fraudulentas para aumentar a popularidade de seus sites.

Alguns exemplos

Fazendas de links (link farms), sites cujo conteúdo é constituído de agrupamentos de links sem ligação entre si ou critério editorial que justifique sua publicação.

O Google, o Yahoo e outras ferramentas alegam que essa estratégia funcionou por algum tempo, mas foram neutralizadas quando os buscadores perceberam o artifício e passaram a considerar estes sites como spam.

Falsas parcerias de reciprocidade – As parcerias de reciprocidade sempre foram usadas pelos especialistas em marketing online para melhorar o ranking de seus sites nos resultados dos buscadores e aumentar o número de acessos.

No entanto, alguns gestores de sites apenas fingem publicar os links dos parceiros, especialmente se não são valorizados pelos buscadores: fazem com que os links para o site parceiro fiquem invisíveis às aranhas através de JavaScript, ou usam o atributo rel=”nofollow”, que faz com que essas o ignorem. Outros usam scripts para redirecionar os links, de modo que apontem para outras páginas que não as do parceiro.

No entanto, se usadas apropriadamente, as parcerias de links dão bons resultados, embora o Google considere spam estratégias de links cruzados muito agressivas entre domínios que pertençam ao mesmo dono.

Fraudes em links patrocinados – Podem ter origens como:

Um competidor pouco escrupuloso clica persistentemente nos anúncios de um site nas páginas de resultados de uma busca, até esgotar o orçamento do anunciante. Como não dá retorno financeiro, esse é um golpe menos aplicado.

Em uma página de site com links patrocinados, aplica-se um bot, software que clica repetidamente nos anúncios publicados, sem que seja possível detectar sua origem, permitindo aos gestores do site ganhar pelos cliques registrados.

Os anunciantes publicam um anúncio associado a uma ou várias palavras-chave, com link para um site regular. No entanto, quando o usuário seleciona o link é redirecionado para outro site, com código malicioso para o roubo de senhas.

O Google Adwords sofreu este ataque em abril de 2007. O anúncio aparecia quando os usuários faziam uma busca pelo termo “Better Business Bureau e carros”. Quando o usuário selecionava o link para um site legítimo era redirecionado o endereço “smarttrack.org”, que plantava o código malicioso. (ZDNet, 30.4.2007, não mais disponível)

Essas técnicas automatizadas são difíceis de combater, pois todos os dias são aperfeiçoadas. Como os buscadores, tanto quanto os gestores dos sites de conteúdo, ganham comissões proporciais ao número de cliques, são acusados de não serem suficientemente enérgicos no combate destas fraudes.

O Google afirma que, embora difíceis de detectar e medir, as atividades maliciosas são filtradas e os cliques não são contabilizados – e não passam de 0,02% do total. Há três maneiras de monitorar a incidência de fraudes: detectando as atividades sobre os links em tempo real, fazendo análise retroativa dos acesso e investigando as atividades suspeitas

A prevenção contra essas práticas irregulares contribui a médio e longo prazo para a boa credibilidade de um site na internet e para seu posicionamento nas páginas de resultados das buscas orgânicas.

O acompanhamento dos links externos (referers) e de sua qualidade por meio de ferramentas como o Google Alerts permitem que os gestores de sites verifiquem alguns tipos de fraudes e consigam neutralizá-las.

(Atualizado em 25.10.2009)