Em projetos para dispositivos móveis com base nas características do público, projetistas e gestores de mídias digitais precisam conhecer os contextos genéricos de acesso, através de dados demográficos. Informações publicadas em noticiários e órgãos especializados como os citados abaixo, ajudam esta tarefa.

  Apesar de apenas 17% das pessoas terem acessado à internet por celulares em 2011, esse número era 5% em 2010. A porcentagem de brasileiros que acessavam a internet pelo celular se mantinha estável nos levantamentos anteriores: desde 2008, variava entre 6% e 5%. De 2011 a 2012, disparou para 17%. No período, o celular foi a segunda tecnologia mais presente nos domicílios brasileiros, atrás apenas da televisão. Ele fez parte do cotidiano de 87% dos lares no país, enquanto a TV chegava a 98%. Em 2008, 72% das residências tinham celular e 97%, televisão. (Folha.com, pesquisa anual do CGI.br, acesso em 2.6.12)

  Na América Latina, os brasileiros foram os consumidores que mais usavam dispositivos móveis – PC, smartphone ou laptop – no final de 2011, para ver TV, 34%. Na Argentina, o percentual foi de 25%, e, no México, 19%. O valor global foi de 37%.
Comparado com a Argentina, onde 25% dos entrevistados usavam um dispositivo móvel para assistir TV, o Brasil foi considerado o de mais alto potencial para esse mercado na região. No Brasil, os laptops ainda foram o meio mais utilizado para assistir TV, entre os equipamentos móveis citados, com quase 60% dos entrevistados. Porém, os smartphones  já ocupavam a segunda posição entre os mais acessados no País para assistir a programas de maneira remota.
No Brasil, 75% dos consumidores tinham interesse em um serviço que permitisse acesso a dados pessoais (tais como vídeos, fotos e outras informações) em qualquer dispositivo, de qualquer lugar. Esse crescimento seria impulsionado por serviços de vídeo e música. Do total, 64% tiveram de apagar os dados antigos de seus aparelhos, porque estavam fora do espaço de armazenamento. (Convergência Digital, Barômetro de Engajamento de Mídia, estudo global conduzido pela Motorola Mobility, acesso em 18.2.12)

O Brasil fechou 2011 com 314 milhões de acessos de telecomunicações (serviços de telefonia fixa, celular, banda larga e TV por assinatura). 45,7 milhões de novos acessos foram ativados, crescimento de 17% em relação a 2010. 125 mil novos acessos foram adicionados por dia. Em dezembro do ano passado, o Brasil contabilizou 242,2 milhões de telefones móveis (39,3 milhões adquiridos em 2011), crescimento de 19% frente a 2010. Havia telefonia móvel em todos os municípios brasileiros, menos em Nazária (PI), recém-emancipado, e competição entre pelo menos três prestadoras em cidades que concentravam 86% da população do Brasil. As redes de terceira geração (3G), que permitem conexão à internet em banda larga móvel, operavam em 2.650 municípios, onde moravam 83% dos brasileiros. A cobertura 3G, dobrou no ano, em ritmo de ativação de quatro municípios por dia. A banda larga móvel, por sua vez, cresceu 99%, com 20,5 milhões de novos acessos adicionados à base em 2011. (Convergência Digital, dados da Associação Brasileira de Telecomunicações, Telebrasil, acesso em 8.2.12)

A web móvel duplicou anualmente desde 2009. (ReadWriteWeb, estudo realizado pela StatCounter, acesso em 7.2.12)

Estudo apontou que apenas 8.5% das visitas à internet vinham de dispositivos móveis em 2011 – os números excluíam o uso de tablets. A Nokia ainda era o maior fabricante de celulares.
(paidContent, estudo realizado pela StatCounter, acesso em 6.2.12)

Estudo divulgado no início de 2012 mostrou que  25% dos usuários de celular usaram seus aparelhos para pesquisar preços antes de fazer compras em lojas. Mais da metade usaram seus telefones para definir os produtos a comprar dentro de uma loja de varejo. (ReadWriteWeb, estudo realizado pela Pew Internet, acesso em 30.1.12)

Estudo divulgado no início de 2012 mostra que as conexões 3G superaram, a marca de 1 bilhão de conexões no mundo, representando um quinto das conexões móveis do mundo na época – cerca de 5 bilhões de conexões ativas, envolvendo as tecnologias WCDMA, HPSA/HPSA+ e LTE, a 4G. (Convergência Digital, estudo realizado pelo UMTS Forum, acesso em 25.1.12)

No final do segundo quadrimestre de 2011, 32.5 milhões de pessoas (13,9% do total de usuários móveis) nos EUA acessaram informações bancárias via apps de celulares – crescimento de 45% em relação ao último quadrimestre de 2010. O acesso móvel a bancos cresceu 21%, o acesso a informações de cartões de crédito cresceu 23%. (comScore, acesso em 28.12.11)

Em novembro de 2011, havia 236,08 milhões de acessos na telefonia móvel no Brasil. Em 12 meses, o Serviço Móvel Pessoal (SMP) registrou 38,54 milhões de novas habilitações (crescimento de 19,51%) e teledensidade de 120,81 acessos por 100 habitantes (crescimento de 18,48%). Em relação ao mês anterior, foram mais de 4,45 milhões de novas habilitações (crescimento de 1,92%). A teledensidade cresceu 1,84% de outubro a novembro, passando de 118,62 para 120,81. Do total de acessos em operação, 192,7 milhões (81,65%) eram pré-pagos e 43,32 milhões (18,35%) pós-pagos. Os terminais 3G totalizaram 38,83 milhões de acessos. (Convergência Digital, acesso em 19.12.2011)

O número de acessos em banda larga no Brasil chegou a 53,9 milhões em outubro de 2011, crescimento de 68,4% em relação a outubro de 2010, quando havia 32 milhões de acessos. No mês, foram ativadas 3,2 milhões de conexões, 66% acima da média mensal de 2011, de 1,9 milhão. De janeiro a outubro de 2011, 19,5 milhões de novos assinantes se somaram à base de clientes, crescimento de 64% em relação ao mesmo período do ano passado. Do total de acessos de outubro, 16,3 milhões foram de conexões em banda larga fixa e 37,6 milhões em banda larga móvel. A banda larga fixa ampliou sua base de clientes em 3 milhões de acessos nos últimos 12 meses,crescimento de 22,4%. Já o número de acessos em banda larga móvel dobrou em 12 meses, com acréscimo de 18,9 milhões, incremento de 101,1% no período. Do total de conexões móveis, 7,4 milhões são de modems e 30,2 milhões de celulares de terceira geração (3G). (Convergência Digital, dados da Associação Brasileira de Telecomunicações, acesso em 1.12.2011)

No final de outubro de 2011 haviam 36,5 milhões de celulares 3G no Brasil (30,2 milhões WCDMA e 6,3 milhões de terminais de dados 3G). Assim, 13,03% dos celulares do Brasil eram 3G. Os demais 192.116.094 eram GSM, da chamada segunda geração. Das adições líquidas de 3.141 mil acessos 3G no mês, 2.941 mil foram via aparelhos WCDMA e 200 mil por terminais de dados 3G. No mês, foram 231,6 milhões de acessos na telefonia móvel para 4,3 milhões de habilitações, a quarta maior marca da história.(Convergência Digital, dados da Anatel, acesso em 1.12.2011)

Em agosto de 2011, havia mais de 224 milhões de acessos na telefonia celular (dados da Anatel) no Brasil. Em oito meses, o Serviço Móvel Pessoal (SMP) registrou mais de 21 milhões de novas habilitações (crescimento de 10,39% no ano, o maior em onze anos) e teledensidade de 114,88 acessos por 100 habitantes (crescimento de 9,74% no ano). Do total de acessos em operação no país, 183,1 milhões eram pré-pagos (81,75%) e 40,9 milhões pós-pagos (18,25%). Só no mês de agosto foram quase 3,7 milhões de habilitações (crescimento de 1,67% em relação a julho). A teledensidade avançou 1,59% (subiu de 113,08, em julho, para 114,88, em agosto). Dezenove estados tinham mais de um acesso em serviço por habitante. (Convergência Digital, acesso em 12.10.2011)

 Haveria uma razoável distorção sobre o acesso a internet por dispositivos móveis no país. Números usados pela Anatel e empresas de telecomunicação afirmavam que estes respondiam por dois terços do total de acessos, enquanto dados de uma pesquisa da comScore revelaram que o tráfego originado por esses equipamentos não representava mais de 1% do total de visualizações de páginas web em agosto de 2011.

Deste 1%, 59,8% eram celulares, 36,5% tablets, 3,7% outros dispositivos (iPods, e-readers, consoles de jogos). Comparado aos EUA e Reino Unido, o tráfego não originado de computadores no Brasil cresceu mais em relação aos tablets e menos em relação aos celulares e outros dispositivos. O Apple iOS somava quase 60% de tráfego, dispositivos com Android 16,7%, Symbiam 6,8%, e outros dispositivos 18%. (Convergência Digital, acesso em 12.10.2011)

 ComScore: 6,8% do tráfego web nos EUA tem origem em dipositivos diferentes de PCs. Smartphones e tablets representam 4,4% do total, tablets, 1,9%, outros dispositivos 0,5%. Isto representa um aumento de 6.2% em relação ao quadrimestre anterior. (ReadWriteWeb, acesso em 12.10.2011)

  8ª edição do relatório MAVAM (Monitor Acision de VAS Móvel),  sobre o uso de serviços bancários e financeiros via celular, diz que 6,9% dos brasileiros utilizaram algum tipo de serviço bancário ou financeiro via celular, como consulta a saldos, transferências e pagamentos de contas, em outubro de 2011. Estes serviços eram oferecidos por todos os grandes bancos brasileiros por meio de aplicativos disponíveis para as plataformas iOS e Android.  No primeiro trimestre de 2011, os serviços de valor adicionado (VAS) representaram 18% do faturamento das operadoras brasileiras: R$ 2,141 bilhões. No início do ano, os usuários brasileiros tinham elevada expectativa de uso de seus aparelhos em substituição aos cartões de crédito e débito (71%) e para movimentação de contas (66%). (Convergência Digital, acesso em 6.10.2011)

Pesquisa da Consumers and Convergence, realizada pela KPMG mostrou que 79% dos usuários de dispositivos móveis temiam, em setembro de 2011, que suas informações pessoais fossem acessadas sem autorização e 75% temiam a interceptação de informações sobre cartões de crédito. O recebimento não autorizado de conteúdo foi condenado por 52%. No entanto, duas vezes mais usuários se sentiam mais confortáveis em usar seus telefones móveis para realizar transações financeiras do que em 2008: 34%, contra 14%. 46% dos pesquisados reconheceram que já tinham usado seus celulares para consultas bancárias, contra 19% em 2008. 30% disseram usar aplicativos bancários ao menos uma vez ao mês, contra 10% da edição anterior. Usos mais comuns de dispositivos móveis: chat e SMS (29%); ligações via web (29%); acesso a mapas e guias (23%); leitura de livros (21%); games (17%); acesso a notícias e informações (13%); redes sociais (11%); envio e recebimento de e-mails (10%); acesso a bancos (8%); acesso a internet (6%); TV e filmes (5%); e compras (5%). (Convergência digital, acesso em 15.9.2011)

Anatel mostrou que, com pouco mais de três milhões de adições líquidas, houve 220,35 milhões de acessos no serviço móvel pessoal em julho de 2011 no Brasil, com teledensidade de 113,08 acessos por cem habitantes. Dezenove estados mostraram mais de um acesso por habitante: Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Sergipe, Acre, Amapá, Amazonas, Rondônia, Tocantins, Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Os acessos 3G (tecnologias WCDMA e terminais de dados) totalizaram 29,6 milhões, sendo 22,7 milhões de celulares e 6,9 milhões de minimodems. Os acessos pré-pagos representaram 81,75% do total em operação. (Convergência Digital, acesso em 30.8.2011)

A banda larga móvel evoluiu não só em números absolutos mais em opção de acesso: pesquisa com clientes da telefonia móvel mostrou que em julho de 2011, 40,8% já haviam acessado a internet pelo celular. O estudo revelou ainda que o celular foi usado por 34% dos entrevistados para acessar redes sociais, por 31,4% para acessar conta de e-mail e por 30% para usar ferramentas de busca. Em relação aos portais de notícias, 30% acessaram esses sites pelo celular com a mesma frequência em que acessaram pelo computador. (Convergência Digital, pesquisa Consumidor Móvel, realizada pelo Instituto Ipsos Mediact, acesso em 6.2011)

O Brasil terminou o mês de abril de 2011 com 24,1 milhões de celulares 3G (19,1 milhões de aparelhos WCDMA e 5 milhões de terminais de dados 3G – 11,4% dos celulares). (Convergência Digital, acesso em 4.2011)

O número mundial de assinantes de banda larga móvel será maior que um bilhão em 2011, volume que representará pouco mais de 20% da base global de assinantes de telefonia móvel, de acordo com levantamento da ABI Research. (TI Inside, acesso em 9.2.2011)

Segundo a Anatel, havia mais de 23,5 milhões de terminais 3G no Brasil em fevereiro de 2011 (incluindo modems móveis e aparelhos com tecnologia WCDMA). O número destes equipamentos cresceu 13,34% somente com os resultados do primeiro bimestre. Os aparelhos com tecnologia GSM detinham 86,84% de participação no mercado – somavam 180,2 milhões em fevereiro – seguidos pelos WCDMA (17,4 milhões ou 8,38%). Nas contas da Anatel eram 6,1 milhões de terminais de dados. No geral, o país contava ao fim de fevereiro, com 207,5 milhões de assinantes na telefonia celular – até então haviam sido registradas 4,6 milhões de novas habilitações (alta de 2,28% no ano). Do total, os pré-pagos somavam 170,6 milhões – ou 82,23% do total de aparelhos em operação. (Convergência Digital, acesso em 30.3.2011)

Durante 2010, o volume de dados móveis enviado foi cerca de 2,6 vezes maior que em 2009, segundo dados da Previsão do Tráfego Global Móvel da Cisco. (UOL Tecnologia, acesso em 9.2.2011)