Em projetos para dispositivos móveis com base nas características do público, projetistas e gestores de mídias digitais precisam conhecer os contextos genéricos de acesso, através de dados demográficos. Informações publicadas em noticiários e órgãos especializados como os citados abaixo, ajudam esta tarefa.

▪ Em dezembro de 2014 foram contabilizadas 497 milhões de conexões 4G, crescimento de 140% em 12 meses. Os EUA perderam a liderança. Na América Latina, o impulso ficou em 488%, mas na região o GSM, o 2G, ainda foi o serviço mais usado. No quarto trimestre de 2014 foram registradas 115 milhões de novas conexões 4G, 36% acima do registrado em 3G. Considerando o segundo semestre de 2014, o 4G cresceu 21% a mais que o 3G no mundo. A região com maior participação na base 4G mundial foi a da Ásia e Pacífico, com 47% de share, seguida pela América do Norte, com 33%. A Europa detinha ao fim de dezembro 16% da base mundial. Na América Latina houve crescimento anual de 488%, subindo de 2 milhões de conexões LTE no final de 2013 para 12 milhões no final de 2014. Na região, o 2G, com a tecnologia GSM ainda estava à frente da LTE e HSPA com 436 milhões de assinantes regionais.
A força do 4G foi comprovada no Brasil. Dados da Anatel mostraram que o consumidor nacional estava trocando o 2G pelo 4G, sem passar pelo 3G. Foram contabilizados 7.752.310 de acessos 4G em janeiro. Em dezembro, eram 6.765.646, um ritmo de quase um milhão de novas adições no mês ( 956664 mil novas adições). (Convergência Digital, dados da GSA e Anatel, acesso em 17.3.2015)

Com cada vez mais pessoas tendo acesso a smartphones e tablets, as vendas realizadas por meio de aparelhos móveis via browsers, representaram 9,7% das compras pela Internet no País em 2014. A maior parte dessas transações foi originada dos smartphones (56%), de acordo com o registrado no final do ano, tendo superado o uso dos tablets (que iniciou o ano com 60%) para esta finalidade. O perfil do consumidor mobile mostrou as classes A e B como as que mais consomiram com a plataforma (62%), ante as classes C e D (27%). Este consumidor tinha, inclusive, a renda média maior, em comparação com a do consumidor apenas do e-commerce, sendo R$ 6.128 contra R$ 4.378. Quanto ao sexo e idade, as mulheres foram as que mais compraram por smartphones ou tablets, representando 56% desse público. A média de idade deste consumidor foi de 40 anos, sendo a faixa etária que mais realizou compras a de 35 a 49 anos (39% delas e 38% deles). (Convergência Digital, dados 31º WebShoppers, acesso em 3.2.2015)

O Brasil fechou 2014 com 6,76 milhões de acessos móveis 4G LTE, crescimento de 416,55% em relação a dezembro de 2013 (1,31 milhão de linhas ativas). Somando os acessos de todas as tecnologias, o Brasil encerrou o exercício de 2014 com 280,73 milhões de linhas ativas na telefonia móvel – crescimento de 3,55% em relação a dezembro de 2013 – e teledensidade de 137,96 acessos por 100 habitantes. Em dezembro de 2014, os acessos pré-pagos totalizaram 212,93 milhões (75,85% do total) e os pós-pagos 67,80 milhões (24,15%).  A tecnologia 3G superou o GSM, respondendo por 51,53% das linhas ativas. Em janeiro de 2014, o 3G somava 35,92%. O GSM terminou 2014 com 40,25%. Em janeiro de 2014, a tecnologia 2G somava 57,85%. O 4G ainda ficou com 3,06%. No ranking nacional, a Vivo fechou o ano na primeira posição com 28,47%, a TIM ficou na segunda, com 26,97%, a Claro na terceira, com 25,33%, Oi na quarta, com 18,14%. A Nextel aparece com 0,54%. (Convergência Digital, dados Anatel, acesso em 2.2.2015)

Em outubro de 2014, 34% dos aplicativos baixados no Android (de 532 mil novas amostras) não tinham segurança, sendo 23% considerados de alto risco ou de adware. De todos os aplicativos maliciosos detectados, 13% foram absolutamente maliciosos ou categorizados como malware. Quase um terço, 29%, foram malware, e outro terço, 30%, adware. Menos da metade, 41%, dos aplicativos verificados, foram considerados seguros.
O número de downloads de aplicativos feitos a partir de lojas terceirizadas – 4,17 milhões – foi maior que o número de downloads feitos no Google Play – 2,58 milhões – e maior do que o número de downloads de outras lojas de aplicativos – 4,13 milhões. (Convergência Digital, dados TrendMicro, acesso em 28.10.2014)

Agosto terminou com 4,2 milhões de acessos 4G no Brasil, sendo 1,6 milhão de acessos (38,5%) da Vivo, 1,2 milhão da TIM (29,3%), 857,5 mil da Claro (20,6%), 410,5 mil da Oi (9,9%) e 73,9 mil da Nextel (1,8%). Isso representa um incremento de pouco mais de 13% em relação a julho (3.676.040). A cobertura 4G chegou a 121 municípios, na seguinte ordem: Vivo (100), Claro (93), Oi (45) e TIM (45). (Convergência Digital, dados portal Teleco, acesso em 28.10.2014)

A participação dos dispositivos móveis nas vendas do comércio eletrônico subiu de 3,8% (junho de 2013) para 7% (junho de 2014), crescimento de 84% no período de um ano. No primeiro semestre de 2014, foram realizados 2,89 milhões de pedidos, resultando em um faturamento de R$ 1,13 bilhão.Entre os consumidores que compram pelos smartphones e tablets, 57% são mulheres e, entre elas, a faixa etária que compõe a maioria é de 35 a 44 anos. As classes A e B respondem por 64% dos participantes do m-commerce. (Convergência Digital, dados 30º relatório WebShopper, E-Bit, acesso 30.7.2014)

O Brasil fechou junho de 2014 com 275,71 milhões de linhas ativas na telefonia móvel e teledensidade de 136,06 acessos por 100 habitantes. A base 3G chegou a 118.474.236 milhões, 42,97% do ranking nacional. O 2G cai para pouco menos de 20 milhões. O 4G chegou a 3,27 milhões de celulares, incremento de 441 mil terminais à base em 30 dias. Em junho, houve acréscimo de 255,08 mil linhas. No sexto mês do ano, os acessos pré-pagos totalizavam 212,27 milhões (76,99% do total) e os pós-pagos 63,44 milhões (23,01%). A banda larga móvel totalizou 128,49 milhões de acessos, dos quais 3,27 milhões eram terminais 4G. (Convergência Digital, dados da Anatel, acesso 25.7.2014)

Em 2013, o Brasil representou 61% do mercado de e-commerce da América Latina. Do total de transações realizadas por smartphones, houve crescimento de 2,5% em junho de 2013 para 5,5% em maio de 2014. A participação de pagamentos móveis feitos no Brasil – incluindo tablets – aumentou de 5,4% para 8,7%.
Apesar de o m-commerce ser menos desenvolvido no país, o canal móvel triplicou seu número de vendas online em 2013. Em relação a preferências de dispositivos móveis, smartphones iOS (2,7%) e Android (2,7%) foram os mais usados entre os que fizeram transações online. Em seguida, com 2,6%, estiveram os iPads. Tablets Android mantiveram parcela de 0,6% das transações, mostrando pouco crescimento nos 12 meses verificados. Em 2013, o Brasil representou 61% do mercado de e-commerce da América Latina, onde o setor teve aumento de 28%. Com população de quase 200 milhões de pessoas, tinha cerca de 107 milhões de usuários de internet, sendo 60 milhões de compradores online no segundo semestre de 2013. Estudos disponíveis para download: http://adyenbrasil.pr.co/presskit/214217. (Convergência Digital, dados Índice de Pagamentos Móveis da Adyen, acesso 22.7.2014)

32% dos órgãos públicos federais e estaduais tinham em 2013 algum tipo de serviço ofertado ao cidadão por meio de tablets e smartphones. O número dos órgãos sem acesso a serviços móveis chegou a 66%. Entre os entrevistados, 46% pretendiam ter algum tipo de serviço, mas 49% disseram não ter a intenção de criar esse tipo de oferta ao cidadão. No Poder Legislativo, 63% dos órgãos queriam aderir aos serviços móveis. Por sua vez, o Poder Executivo foi o que demonstrou menor disposição – 45%. Nos órgaos estaduais, os serviços móveis dividiram opiniões. Na pesquisa, 45% disseram estudar ter um serviço nos próximos 12 meses. Mas 50% disseram não ter essa intenção. No Ministério Público, 59% dos órgãos se mostraram interessados em avançar nos serviços móveis. 35% não tinham esse planejamento. 100% dos órgãos públicos federais e estaduais utilizou computador e teve acesso à Internet nos 12 meses que antecederam a realização da pesquisa (outubro a dezembro de 2013). A penetração do acesso à Internet banda larga foi alta entre os órgãos públicos federais e estaduais, mas existiam singularidades quanto ao tipo de conexão utilizada. (Convergência Digital, dados TIC Governo Eletrônico 2013, realizada pelo CETIC.br, acesso 22.7.2014)

O celular foi o principal meio de inclusão digital no Brasil em 2013, usado por 143 milhões de pessoas. 31% dos usuários móveis acessaram a internet pelos seus terminais, 20% a mais que em 2012. A maior parte das classes C, D e E ainda usava feature phones, com condições restritas ou sem acesso à Internet. As chamadas de voz foram o principal serviço usado no telefone celular, mas 31% dos brasileiros, ou 52,5 milhões, acessaram a rede via celular. 30% acessaram redes sociais; 26% compartilharam fotos, vídeos ou textos; 25% acessaram e-mails; e 23% baixaram aplicativos.
69% dos entrevistados das classes D e E usaram celular. Na área rural, esse percentual subiu para 73%. Mas na classe D, apenas 11% usaram a Internet. 43% dos domícilios tinham banda larga contratada. Ajustificativa mais citada para não ter o acesso à Internet nos lares com computadores – 30,6 milhões – foi o custo da banda larga – 24,2 milhões de domicílios com renda familiar de até dois salários mínimos ainda não tinham acesso à Internet. (Convergência Digital, dados TIC Domicílios 2013, acesso 27.6.2014)

Os celulares são cada vez mais importantes na inclusão digital entre os brasileiros. Em 2013, 85% das pessoas com 10 anos ou mais usavam o aparelho regularmente, em total de 143 milhões de brasileiros — crescimento de um ponto percentual em relação ao ano anterior. Mas cada vez mais esses dispositivos estão sendo usados para acessar a internet: nos últimos dois anos, o percentual mais que dobrou, passando de 15% dos donos de celular em 2011 para 31% no ano passado. Ou seja, em números absolutos, o Brasil tinha 52,5 milhões de pessoas de internautas pelo telefone móvel.
Os computadores também continuaram a ganhar os lares brasileiros: são 30,6 milhões de domicílios, 49% do total — crescimento de três pontos percentuais em relação a 2012. Em 2013 os dispositivos portáteis (laptops e notebooks) tornaram-se mais presentes, alcançando 57% dos lares com computador.
Em tendência semelhante, os tablets também ganharam espaço na preferência dos brasileiros como gadget complementar ao PC: em 2013, 12% das residências com computador possuíam um tablet — um ano antes, o índice era de 4%. Além disso, 10% dos brasileiros com 16 anos ou mais indicaram o desejo de adquirir um aparelho do tipo nos próximos 12 meses — o equivalente a 14,8 milhões de pessoas. (O Globo, dados TIC Domicílios, acesso 27.6.2014)

Na Copa do Mundo no Brasil, os dispositivos móveis foram muito usados como alternativa à TV tradicional: foi vista em 5,9 bilhões de PCs, tablets e smartphones no mundo, que responderam por 57% de todas as visualizações. No entanto, a inovação da TV tradicional para a Copa do Mundo, a transmissão em 4K, foi considerada ainda ‘inacabada’. Tanto que poucas partidas foram transmitidas no formato e, principalmente, poucos telespectadores tiveram condições efetivas para assisti-las no 4K.
O Twitter revela que durante a partida entre Brasil e México foram gerados 8,95 milhões de Tweets ao redor do mundo. O maior pico de Tweets por Minuto (TPM) do jogo aconteceu quando o goleiro mexicano defendeu uma bola de Thiago Silva, com 243.379 TPM. (Convergência Digital, dados da Ovum e Twitter, acesso em 23.6.2014)

Em maio de 2014, foram adicionadas 334 mil novas linhas 4G no Brasil e o total em serviço chegou a 2,8 milhões – ou pouco mais de 1% dos 275,4 milhões de acessos móveis do país. Se não chegou a repetir o desempenho de abril (416 mil novas linhas), a alta ainda se manteve acima de 13% na base do 4G – vários graus mais acelerado que o total do mercado, que adicionou 1,85 milhões ou cresceu 0,6%. Mais importante foi a migração dos acessos em 2G para 3G – entre janeiro e maio foram 16 milhões de novos 3G em uso, enquanto quase 15 milhões de 2G deixaram de existir. Os celulares 2G ainda foram maioria – 51,8% dos acessos em uso – mas o ritmo confirmou a perspectiva da Anatel de uma virada em 2014. Em um ano, o 3G passou de 25% para 41% da base, ganhou 47 milhões de novos acessos e chegou aos atuais 113,9 milhões. Já o mercado de modems 3G seguiu tendência de baixa. Foram 7 milhões em maio do ano passado, 6,9 milhões em janeiro e, em maio, somavam 6,8 milhões em uso. (Convergência Digital, dados da Anatel, acesso em 23.6.2014)

Em março de 2014, Brasil contava com 2,08 milhões de acessos em 4G, em ritmo crescente de adesão. Este número ainda representa pouco (0,7%) das 273,5 milhões de linhas ativas.Os acessos de quarta geração passaram de 1,56 milhão em janeiro para 1,82 milhão em fevereiro. Cresce também a participação dos acessos em 3G – de 97,8 milhões para 105,4 milhões no período, passando de 35% para 39% do total de acessos móveis. Mas a grande maioria dos acessos ainda é em 2G, 150,4 milhões, ou 55% do total. (Convergência Digital, dados da Anatel, acesso em 24.4.2014)