De modo geral, as ações de SEO (Search Engine Optimization) para dispositivos móveis seguem as ações realizadas para sites e aplicativos desktop, mas é preciso adequá-las ao modo de apresentação adotado para cada canal.

Para publicar sites web em dispositivos móveis, os editores ou gestores podem criar diferentes estratégias para oferecer uma boa experiência ao público. Além de disponibilizar um aplicativo dedicado (app), com interface personalizada e conteúdo editado para o canal, podem também oferecer o acesso móvel ao site web, adotando uma das três soluções abaixo:

Versão com design responsivo, que aplica o mesmo HTML da versão desktop do site e media queries em CSS, para ajustar o layout às principais resoluções de tela.

Como o uso de uma URL única para determinado conteúdo facilita a interação e o compartilhamento de links pelos usuários, o Google estimula esse modelo, que facilita a otimização do conteúdo e a localização dos recursos por suas aranhas.

Versão com HTML e CSS diferentes da versão desktop. Como a mudança do site não fica aparente no setup, o Google recomenda que o servidor envie uma solicitação ao Googlebot Mobile para que rastreie a página e examine o conteúdo móvel.

Versão móvel com URL diferente. O usuário de tablet ou smartphone é direcionado ao acessar o site. Nesse caso, a interface e o conteúdo são preparados para este tipo de uso.

Cada um destes modelos segue recomendações de otimização para buscadores (SEO) diferentes, que se adequam às suas características técnicas e editoriais:

App

No nome do aplicativo, usar palavras-chave adequadas à funcionalidade e ao conteúdo. O nome funciona como uma “title tag” de site, rastreada e valorizada pelos buscadores. Por isto, termos intuitivos, que venham rapidamente à cabeça dos usuários e sintetizem o uso, são os ideais para os nomes dos aplicativos. Ferramentas como o Google Adwords ajudam a verificar palavras muito utilizadas em buscas.

Usar palavras-chave relevantes na descrição do produto, o que também valoriza o app no ranking do Google. A descrição, com os aspectos mais importantes do aplicativo, aparece na loja e na página da app. Não deve exceder o limite de caracteres estipulado.

Como em SEO para a web, é importante, na escolha das palavras da descrição, pensar nos termos mais usados pelo público-alvo, com o auxílo de ferramentas que verificam a relevância de termos usados em buscas.

Escolher uma categoria relevante, que tenha aderência à funcionalidade e ao conteúdo do app, para facilitar a localização. Embora o fator semântico seja o mais importante para os usuários e ferramentas de busca, a escolha de categorias com menos competição também facilita a localização.

Caso o uso do app seja pago, oferecer uma versão simplificada, gratuita, para aumentar sua exposição online.

Estimular os usuários a escrever o que acharam do app e a ranqueá-lo com estrelas depois de usá-lo. Quando usuários em prospecção vêem aplicativos prestigiados pelo público, tendem a ter mais confiança para baixá-los.

Promover o app em sites, listas de email, redes sociais, campanhas patrocinadas, para aumentar a visibilidade. Incluir links diretos nos sites para as lojas do Google e da Apple.

Sites com design responsivo

Adotar melhores práticas de acessibilidade, para facilitar o uso pelo maior número possível de usuários.

Adotar melhores práticas de SEO para desktop, como o uso de palavras-chave relevantes no título (title tag e H1) e o uso de textos consistentes nos textos dos links.

Redimensionar as imagens no servidor: quanto mais rápido o site carregar, melhor.

Utilizar a tag “tel:” para números de telefone. Funciona como o “mailto:”, criando um link que, quando clicado, liga para o número automaticamente.

Criar um perfil no Google Analytics diferente da versão desktop.

Diminuir a extensão das palavras-chave, para que fiquem localizadas facilmente pelos usuários em deslocamento.

Criar um perfil no Google Analytics diferente da versão desktop.

Diminuir as imagens para que carreguem mais rapidamente em conexões mais lentas e na tela pequena. O Google considera um fator de otimização a velocidade de download da interface.

Versão móvel com URL diferente

Criar um nome de domínio pequeno, que identifique facilmente que o site é desenvolvido para smartphones. O uso de “m.” antes do domínio tem sido usado por grande parte dos webmasters.

Inserir um endereço canônico no site móvel para a versão web, assim os links que aparecem nos resultados das buscas são os do site web, mas, ao clicar, os usuários são direcionados para a página mais adequada a seu dispositivo.

Deixar visível um link para voltar à versão desktop (o mesmo da versão desktop para a móvel). Alguns usuários podem querer consultar a opção desktop, mesmo que seu uso fique mais desconfortável.

Criar um sitemap exclusivo para listar as URLs da versão móvel. (2)

Aplicar um header HTTP “Accept” para informar os buscadores que o site retorna arquivos com conteúdo para celular. (1)

Verificar se a URL móvel é facilmente localizável pelos principais buscadores.

Apesar das recomendações acima facilitarem a indexação de versões móveis por buscadores da internet, a melhor otimização é realmente a criação de sites com conteúdo útil para o público, com funcionalidades eficientes para qualquer dispositivo.

Na medida em que forem aceitas e divulgadas pelo público, o valor das interfaces é também reconhecido pelas ferramentas online de modo geral

(Texto publicado em 8.7.2012. Atualizado em 8.7.2012)

 

Referências

1) Building smartphone-optimized websites (Google Developers, acesso em 8.7.2012)

2) Mobile SEO – Otimização para dispositivos móveis, de Bruno Miranda (Mestre SEO, acesso em 8.7.2012)

Header field definitions (W3C, acesso em 8.7.2012)