Algumas práticas sobre a criação e a distribuição de vídeos digitais:
▪ Configurar o autoplay do vídeo numa página ou aplicativo apenas quando é o único elemento da tela e tenha sido selecionado. Quando o usuário quer ver outro conteúdo da tela, ler um texto por exemplo, se um vídeo começa a tocar sem ter sido solicitado acaba gerando ruído.
▪ Manter o vídeo curto, apenas com o essencial para transmitir uma ideia. Vídeos mais longos funcionam melhor para públicos fidelizados, que conhecem o autor e o procuram diretamente.
▪ Começar rapidamente o vídeo, mais ou menos um segundo depois de selecionado o player, para manter o interesse do espectador e mater seu interesse, especialmente se sua motivação para o acesso for fraca.
▪ Deixar o player bem visível, com legendas ou títulos próximos, especialmente necessários para pessoas cegas ou surdas.
▪ Para peças com público muito amplo, criar versões para dispositivos móveis, em que o tempo de carregação é maior.
▪ Evitar movimentos rápidos, pois a compressão do vídeo é em parte pela comparação dos pixels em frames seguidas. Movimentos rápidos de câmera fazem com que o pixels mudem muito de uma frame para outra, o que permite menos compressão.
▪ Caso o vídeo seja produzido para um dispositivo específico, é preciso adaptar o formato. Para uma tablet, a proporção 4:3 em tamanho 400 × 300 pixels pode ser mais adequada. Para uma proporção de 16:9 o tamanho pode chegar a 640 × 360 pixels.
▪ Evitar mostrar imagens pixelizadas ou com outros tipos de artefatos de compactação que interfiram na compreensão da narrativa.
▪ O enquadramento das imagens em close-up evita a perda de informação dos planos gerais, na medida em que têm menos detalhes e mais pontos redundantes, permitindo que a câmera se movimente menos.
O uso de luz natural ou luzes laterais suaves, incidindo de um ou dois lados, favorece o enquadramento fechado.
▪ A filmagem em ambiente silencioso (mas não uma sala vazia, que pode criar eco) e o uso de microfone externo ajudam a captura do som.
▪ Fundos monocromáticos e o uso de tripé (diminuindo o movimento da câmera) ajudam a aumentar a compactação da imagem e a facilitar a compreensão.
▪ O áudio em stereo deve ter uma modulação de tons com qualidade acima da média da televisão aberta.
▪ Na edição, o uso de cortes secos em vez de transições graduais evita a degradação da imagem entre planos.
▪ O encadeamento dinâmico em planos com menos de 5 segundos ajuda a reter a atenção do espectador.
▪ Inserir o CSS específico dos vídeos no alto da página, para que o browser o verifique em primeiro lugar, deixando os JavaScripts para o final. O CSS deve ser sucinto, apenas com as informações para o carregamento da página.
▪ O Google recomenda aos webmasters a inserção de microdados para vídeo, para sua indexação e retorno em resultados de buscas. Para isto, apoiam o suporte a vídeo do site Schema.org, resultado de um esforço em conjunto com a Microsoft, Yahoo! e Yandex .
O acréscimo de marcações exige o acréscimo de uma declaração itemtype=”http://schema.org/VideoObject”, e a marcação, pelo menos, das propriedades “nome”, “descrição” e ” thumbnail”, bem como ” embedURL”, sobre a localização do player, ou “contentURL”, a localização do vídeo. (1)
▪ Substituir as marcações <DIV>, por HTML5, como “nav” e “article”.
▪ Além de usar a marcação <video>, <track> permite a inserção de legendas, carregadas de um arquivo de texto separado, e mostradas na base do vídeo.
(Atualizado em 2.9.2014)
Referências
→ Using Schema.org markup for videos (Google Webmaster Central Blog, acesso em 8.3.2012)
Programas conversores de vídeo para diversos codecs
→ Miro Video Converter – para Mac e Windows (código aberto), converte arquivos de vídeo para HTML5, diferentes plataformas e dispositivos
→ Handbrake – para Mac, Windows e Linux (código aberto)
→ MPEG Streamclip – gratuito, para Mac e Windows
→ Firefogg – extensão do Firefox que converte vídeos para Ogg