• No final de 2010, o Wikileaks, wiki publicado pelo autraliano Julian Assange, começou a chamar a atenção da imprensa internacional pelas inúmeras revelações sobre a política externa de diversos países. Mostrou o governo Obama pressionando os governos da Alemanha e da Espanha para encobrir torturas praticadas pela CIA no governo de George Bush, 91 mil relatórios sobre a guerra do Afeganistão, documentos provando corrupção do ex-líder queniano Daniel arap Moi, restrições impostas aos detidos de Guantánamo, relatório interno da empresa petroleira e de transportes suiça Trafigura Beheer, sobre o despejo de lixo tóxico na Costa do Marfim. Organismos defensores da liberdade de informação e veículos de comunicação do mundo inteiro se mobilizaram para defender o veículo das ameaças e sanções impostas por governos de diversos países.

• Wikis podem ser usados em projetos que incluem a revisão de questões públicas, como o exame de milhares de documentos relacionados ao presos políticos mantidos pelo governo dos EUA na Baía de Guantanamo em Cuba.

Este projeto foi criado para permitir a revisão pública de mais de 4.000 páginas recebidas pela União das Liberdades Civis Americanas (American Civil Liberties Union) depois que esta emitiu um manifesto contra as evidências de violências praticadas contra os detentos e viu-se sem condições de avaliar todos os documentos que dispunha. A partir daí, um grupo de dezenas de leitores do blog Daily Kos resolveu encampar o projeto.

No final da avaliação de cada documento, os voluntários publicam suas impressões em um wiki, para que fiquem abertas à participação do público.

• O escritor e jornalista Cory Doctorow, que escreve crônicas sobre a vida digital, incorporou wikis a seu processo de criação, publicando em um deles algumas contribuições aos seus textos selecionadas e autorizadas pelos autores, segundo licensa do Creative Commons.

• Lawrence Lessig, da Creative Commons, professor na Faculdade de Direito de Stanford usou a partir de fevereiro 2005 um wiki na revisão de um livro online, intitulado “Code” (“Código”). A ferramenta permitiu que os leitores acrescentassem comentários ao texto para uma segunda edição do livro, sendo estas contribuições supervisionadas por alguns leitores responsáveis por correções periódicas.