É cada vez maior a variedade de browsers e programas de navegação utilizados na internet, em diversos dispositivos.  E também a quantidade de dispositivos de acesso, de computadores pessoais a tablets, celulares, smartphones. O mercado web desktop se divide entre 5 principais marcas de browsers: Chrome, Internet Explorer, Firefox,  Safari e Opera. Nos dispositivos móveis, os browsers nativos do iOs e do Android são os mais populares, fazendo parte do mercado também o Chrome, UC, Opera Mini.

Segundo a NetMarketShare, em março de 2020 o Chrome tinha 67.72% do uso global, o Firefox 8.49%, o Internet Explorer 6.97%, o Edge 6.20%, o Safari 3.62%. Segundo esse site, depois de acelerado crescimento, o share do Firefox se mantém em curva descendente.

No entanto, dados da StatCounter mostram dados muito diferentes. Segundo o site, em abril de 2016 o Chrome estava com 63.69% do mercado mundial, o Safari com cerca de 18.35%, o Firefox 4.42%, o browser da Samsung com 3.36%, o Edge Legacy com 2.18% . Qual dados estão certos? Não há divulgação das metodologias de apuração. De qualquer forma, ambas as fontes mostram que o uso do Internet Explorer diminui gradualmente, e não mais é o browser dominante em computadores pessoais.

Segundo o StatCounter, o ranking era também liderado pelo Chrome, da Google (34,17%), seguido pelo UC browser (19,75%) e o Safari (17,48%), enquanto o Opera Mini (10,9%), o browser do Android (8,3%) e o browser da Samsumg (5,71%) dividiam de perto o marketshare.

Ambiente heterogêneo

A grande variedade de programas, plataformas, versões e maneiras de interpretar os padrões web dificultam o trabalho do desenvolvedor, que precisa prever como as telas e interfaces aparecem em cada um deles.

A maioria dos browsers atuais suporta HTML 5.0, ou XHTML, embora ainda haja inconsistências entre os programas na maneira como interpretam os estilos CSS. Uma mesma página ainda pode aparecer na tela de maneira muito diferente, dependendo do programa e das configurações do usuário.

Para contornar este problema, alguns projetistas recorrem aos chamados “hacks”, ou artifícios de programação que simulam a interpretação do código de alguns browsers, para garantir a consistência do layout das páginas.

A maioria dos desenvolvedores opta por escolher os browsers prioritários para os quais criam o código das suas páginas. Este é um processo de decisão que demanda a avaliação de questões como:

A partir de que versões dos programas um site deve ser compatível?

Quando, a partir de que versão, deixar de oferecer suporte?

A escolha dos browsers priorizados para visualizar um determinado site é uma tarefa que exige estudos sobre os hábitos dos usuários, com ajuda de estatísticas de acesso e de dados fornecidos por pessoas e/ou dispositivos que mantêm contato direto com o público.

Como o número de usuários deste site que utiliza o Firefox é 10% maior que nas estatísticas globais, levamos em conta este dado em seu aperfeiçoamento e atualização.

Se não for possível atender às especificações de todos os programas e o desenvolvedor não quiser criar estilos CSS ou recursos alternativos para cada um, as páginas devem ao menos se manter estruturadas, harmoniosas e funcionais em navegadores menos utilizados e na principais plataformas. Assim, um maior número de usuários pode acessá-a adequadamente.

Aaron Gustafson defende o conceito de “aperfeiçoamento progressivo” da interface nas diferentes plataformas, em detrimento da “degradação graciosa”. O primeiro, defende sites que sejam usáveis em qualquer dispositivo, com qualquer browser. O acesso com o browser Lynx não provê a mesma experiência de uso que o Safari, mas a experiência será positiva da mesma maneira. O conteúdo do site fica disponível, embora com menos recursos. Já os sites desenvolvidos segundo o princípio da “degradação graciosa”podem funcionar bem nas versões de browsers atuais, mas funcionam mal nas versões mais antigas. É uma visão mais excludente que a primeira. (5)

Para isto, o uso de padrões web, recomendações do W3C para desenvolvedores de sites e de browsers, aumenta a compatibilidade das páginas com diferentes plataformas, linguagens e sistemas operacionais. Estes padrões apontam para recursos que todos os browsers dispõem (ou devem dispor) e para o estabelecimento de critérios universais para a programação de interfaces web.

Sua adoção representa um grande ganho de tempo/recursos para os desenvolvedores e facilita o estabelecimento de uma relação de confiança dos usuários com a interface.

Dados históricos e geográficos

Em dezembro de 2010, na Europa, o Firefox tinha 38.11% do mercado, contra 37.52% do IE.O Google Chrome ficou em terceiro lugar, com 14.58% – 5.06% em dezembro dde 2009 (StatCouter).

Em agosto de 2009, dados da NetApplications mostravam o Internet Explorer com 66,97% dos usuários, o Firefox com 22,98%, Safari com 4,07%, Chrome com 2,84% e o Opera com 2,04% dos usuários.

Em junho de 2006, o browser para PC mais utilizado no Brasil era o Internet Explorer (93,7% dos usuários), seguido pelo Firefox (5,6% dos usuários), Opera, Mozilla (e-bit).

Em julho de 2006, o Firefox tinha grande número de usuários na Europa, 21.1% do total. Na primeira semana de julho, já representavam 27.8% dos usuários (XiTi Monitor).

Na Eslovênia em 2007, o Firefox era usado por 47.9% dos usuários, e na Polônia, Hungria e Croácia, por mais de 39% dos usuários. (CNet, 17.7.2007)

Em novembro de 2007, para acessar este site o Internet Explorer foi usado por 74,86% dos usuários e o Firefox por 21,79%, seguidos do Firefox para Linux (1,32%), do Opera para Windows (0,64%).

(Atualizado em 30.4.2016)

Referências

5) Progressive enhancement and the content-out approach, de  Aaron Gustafson (User Interface Engeneering, acesso em 23.3.2015)

4) A guerra dos browsers (móveis) (Istoé, acesso em 10.10.2012)

3) Internet Explorer tem maior perda de mercado desde novembro (IDGNow, acesso em 1.9.2009, não mais disponível no endereço acessado)

2) Convulsion in browser share stats: Safari plunges (CNet, acesso em 5.8.2009)

1) Firefox completa 1 bilhão de downloads (Seprorj, acesso em 3.8.2009)