Para realizar projetos com base nas características do público, projetistas e gestores de mídias digitais precisam conhecer tendências e contextos genéricos de acesso através de dados estatísticos. Informações sobre o uso da Internet no Brasil publicados em noticiários e órgãos especializados, ajudam esta tarefa.

As fontes estão citadas no final das notas, com links para os textos integrais. Para ver os dados de 2007 até hoje, consulte as outras páginas desta seção pela barra de navegação à esquerda. Não publicamos estatísticas de previsões.

PNAD Contínua TIC 2016: 94,2% das pessoas que utilizaram a Internet o fizeram para trocar mensagens. Entre as pessoas com 10 anos ou mais de idade que acessaram a Internet no período de referência da pesquisa, em 2016, 94,2% o fizeram para trocar mensagens de texto, voz ou imagens por aplicativos diferentes de e-mail. Assistir a vídeos, programas, séries e filmes foi a motivação de 76,4%, seguido por conversar por chamada de voz ou vídeo (73,3%) e enviar ou receber e-mail (69,3%). Entre os usuários da Internet com 10 anos ou mais de idade, 94,6% se conectaram via celular. Entre as pessoas de 14 anos ou mais de idade ocupadas, 75% utilizaram a Internet, enquanto pouco mais da metade (52,4%) das não ocupadas a acessaram. Das 63,4 milhões de pessoas com 10 anos ou mais de idade que não utilizaram a Internet, 37,8% não sabiam usar e 37,6% alegaram falta de interesse, enquanto 14,3% não acessaram por considerar o serviço caro. Na população de 10 anos ou mais de idade, 22,9% (41,1 milhões) não tinham celular para uso pessoal porque: consideravam caro o preço do equipamento (25,9%), falta interesse (22,1%), usavam o celular de outra pessoa (20,6%) e não sabiam usar (19,6%). O celular estava presente em 92,6% dos 69,3 milhões de domicílios. Em 48,1 milhões de residências havia utilização da Internet, 69,3% dos domicílios. Em 97,2% dos domicílios em que havia acesso à Internet, o celular foi utilizado para esse fim, equipamento de acesso mais usado nos domicílios. Em 38,6% das residências, o celular foi o único equipamento usado para acessar a Internet. Em segundo, foi o computador, único meio de acesso em apenas 2,3% das residências com Internet, embora presente em mais da metade (57,8%) desses domicílios. Nos domicílios em que não havia uso da Internet, os motivos alegados para não a usar foram: falta de interesse (34,8%), acesso caro (29,6%) e nenhum morador sabia usar (20,7%), serviço de acesso não disponível na área (8,1%), equipamento necessário caro (3,5%) e outro motivo (3,3%). Do total de 69,3 milhões de domicílios, a televisão estava presente em 67,4 milhões (97,2%, 102,6 milhões de aparelhos). Destes, 63,4% eram de tela fina e 36,6%, de tubo. (Informativo do IBGE. Acesso em 15.3.2018)

Web, dispositivos removíveis e e-mails infectaram 40% dos PCs industriais. Dois em cada cinco computadores industriais sofreram ataques cibernéticos no segundo semestre de 2016. A percentagem de computadores industriais sob ataque cresceu de 17% para mais de 24% de julho a dezembro do mesmo ano. As três principais fontes de infecção foram a web, dispositivos de armazenamento removíveis e e-mail anexos e scripts embutidos no corpo de e-mails. Os downloads de malware e o acesso às páginas de phishing foram bloqueados em mais de 22% dos computadores industriais. E 10,9% por dispositivos de armazenamento removíveis infectados. Já anexos de e-mail maliciosos e scripts embutidos no corpo de e-mails foram bloqueados em 8,1% dos computadores industriais, ficando em terceiro lugar das ameaças. (Convergência Digital, dados da  Kapersky La. Acesso em 2.4.2017)

Venda de celulares cresce 23% no segundo trimestre. A venda de celulares voltou a crescer no Brasil. Entre abril e junho de 2016 foram vendidos 12,044 milhões de aparelhos, sendo 10,779 milhões de smartphones e 1,265 milhão de feature phones (aparelhos convencionais, sem sistema operacional). O crescimento do mercado total foi de 23,1% frente ao primeiro trimestre de 2016. Comparando apenas os smartphones, o aumento foi de 16,6%. Já a venda de feature phones foi 38,4% superior à apresentada nos meses de janeiro, fevereiro e março de 2016. Em relação ao segundo trimestre de 2015, o mercado total ficou apenas 1,7% menor, o de smartphones 4,8% menor e o de feature phones foi superior em 35,1% – os celulares convencionais atendiam bem a demanda das áreas rurais, onde o 3G funcionava mal e o 4G ainda não havia chegado. O ticket médio dos smartphones passou de R$ 1.152 no primeiro trimestre para R$ 1.045 no segundo. Entre abril e junho, o mercado de smartphones movimentou R$11,4 bilhões. Mesmo com o ticket médio menor, a receita no segundo trimestre foi 10% superior em relação ao primeiro trimestre. Na comparação com o mesmo período de 2015, foi 15,7% maior. (Convergência Digital, dados da IDC Brasil. Acesso em 25.3.2017)

Brasil é 87º no mundo em velocidade da internet. O Brasil recuperou posições no ranking global de velocidade das conexões à internet. No terceiro trimestre de 2016, a média foi de 5,5 Mbps. O resultado é bem melhor que os 3,6 Mbps medidos no terceiro trimestre de 2015. Em um ano, o país saiu de 93o para figurar o 87o lugar dos 242 países pesquisados. Ainda assim, o resultado manteve o Brasil abaixo da média mundial, que no mesmo período foi medida em 6,3 Mbps – em si um crescimento de 21% em um ano.  Mais da metade (52%) das conexões no Brasil são de velocidades a partir de 4 Mbps, enquanto apenas 10% se situam acima de 10 Mbps e 2,9% superam os 15 Mbps. No entanto, o relatório destaca um crescimento de 353% das conexões mais rápidas no último ano.  No cenário global, a Coreia do Sul se manteve na liderança do ranking, com média de 26,3 Mbps, apensar de representar uma queda de 2,5%. Nas Américas, EUA e Canadá aparecem bem à frente dos demais, com o Brasil em sexto. No caso das conexões móveis, o Brasil apresentou velocidade média de 4 Mbps. De acordo com o levantamento, as velocidades médias das conexões móveis analisadas variou de 2,2 Mbps na Venezuela a 23,7 Mbps no Reino Unido. Além disso, com base em dados da Ericsson, o relatório indica que o volume de tráfego móvel cresceu 11% na passagem do segundo para o terceiro trimestre de 2016. (Convergência Digital, dados da Akamai. Acesso em 25.3.2017)

Nove a cada 10 brasileiros se dizem mais expostos às fraudes, mas empresas reportam menos incidentes cibernéticos. As ocorrências de fraude nas empresas diminuíram durante 2016 no Brasil, segundo pesquisa com profissionais que influenciavam ou respondiam por estratégias de combate ao risco e a irregularidades em suas empresas. Embora nove a cada 10 entrevistados brasileiros (94%) admitissem que a exposição à fraude tivesse crescido, apenas 68% relataram ter sido vítimas de más-práticas no período, nove pontos a menos do que em 2015. Globalmente, a média de empresas afetadas foi de 82% – 14 pontos superior. A tendência mundial de crescimento nos registros de fraude cresceu desde 2012 – de 61% a 70% (2013), 75% (2015).  Mas Itália (77%) e Índia (68%) também reportaram menos ocorrências. Sobre o índice de incidentes cibernéticos, enquanto a média global foi de 85%, aqui ela alcançou 76%, ficando o país em situação melhor que nações como Estados Unidos (88%) e Reino Unido (92%). Apesar das preocupações com ataques externos, os autores mais comuns de fraudes e incidentes cibernéticos, dentro e fora do país, foram colaboradores (insiders). Cerca de seis a cada 10 irregularidades foram cometidas por autônomos/temporários (26%), funcionários juniores (22%) e de médio ou baixo escalão (9%), que superam os ex-funcionários (43%). Já um quinto dos incidentes cibernéticos foi associada a agentes e intermediários (19%). Todas as categorias de fraude registaram aumento entre 2015 e 2016 globalmente. Os maiores acréscimos ocorreram com conluio de mercado (15%) e apropriação indevida de fundos (11%). O roubo de bens físicos continuou o tipo de irregularidade mais recorrente em 2016, seguido por fraude de compradores, vendedores ou fornecedores, e por roubo, perda ou ataques à informação. Em segurança cibernética, ataque por vírus foi a ocorrência mais reportada. E a eliminação ou perda de dados devido a problemas de sistema aproximou o Brasil de outros países. A exceção no comparativo ficou por conta da violação de dados resultando em perda de informações de clientes e funcionários, que figurou na segunda posição brasileira, com 29% de indicações, mas não constou entre os três acontecimentos globais mais recorrentes. Enquanto os insiders são citados como os principais autores de fraude, globalmente também são os mais propensos a descobri-la. 44% dos entrevistados, relatou ter descoberto a má-prática através de um whistleblower (denunciante). No Brasil esse recurso foi mencionado por apenas 17% dos participantes: a identificação se dá majoritariamente (43%) por meio de auditoria externa. (Convergência Digital, dados do Relatório Global de Fraude & Risco 2016/2017 da Kroll. Acesso em 25.3.2017)

37 cidades concentram 50% da banda larga fixa do Brasil. Em outubro de 2016, as 37 cidades mais conectadas do país tinham 13,3 milhões dos 26,6 milhões de acessos à banda larga fixa registrados: 0,007% dos 5.569 municípios brasileiros eram responsáveis por quase 50% dos acessos fixos. Metade estava no Sudeste: 11 em São Paulo, 4 no Rio e 2 em Minas Gerais – únicos estados que possuíam mais cidades na lista, além das capitais. As capitais de Acre, Amapá, Roraima, Tocantins, Rondônia, Piauí e Espírito Santo não chegaram a integrar a lista. Dessas, Rio Branco, Macapá, Boa Vista, Palmas e Porto Velho não possuíam mais de 100 mil acessos, particularidade de apenas 45 cidades. O levantamento não contabilizou pontos móveis de acesso por não serem registrados por município e, sim, por código de DDD, compartilhado por mais de um município.  As 37 cidades superconectadas abrigavam 28% da população brasileira, segundo o Censo 2010. Em São Paulo, pouco mais de um terço eram acessos corporativos, que não se refletiam em número de domicílios na internet. Em Brasília, quase metade. Em Belo Horizonte, 20%. Na ponta oposta, liderando entre os 99,993% dos municípios brasileiros que dividiam a outra metade da internet brasileira, estava a cidade de Paraíso das Águas (MS), com 5.251 habitantes, com a menor quantidade de acessos a banda larga: apenas um, fornecido por satélite pela BT Brasil, com capacidade de até 512 Kbps. Apesar de parte da banda larga estar concentrada em poucas cidades, nos últimos anos houve aumento da oferta, que passou a ser feita de forma descentralizada e com mais intensidade por provedores regionais. Dentre os 721 mil novos acessos de banda larga criados em 2016, até setembro 56% partiram dos pequenos. O número dos provedores regionais saltou 65% de maio de 2013 a julho de 2016. Desde 2013, a Anatel reduziu uma das barreiras de entrada no setor. Cortou o preço da licença para atuar com banda larga de R$ 9 mil para R$ 400. Assim, muitas empresas nasceram como lan house e passaram de pontos de acessos a provedores de internet. (Compilação pelo G1 de dados da Anatel. Acesso em 21.12.2016)

Brasileiro dispara no uso do Snapchat e do Instagram. A popularidade do Instagram e do Snapchat aumentou muito nos últimos dois anos, com os usuários de internet buscando mais conteúdos reais, pessoais e “de bastidores”. 38% dos usuários de internet da América Latina usavam o Snapchat, três vezes mais que em 2014 (12%). O desejo de compartilhar fotos, ideias e momentos também contribuíram para elevar a presença de internautas no Instagram – foram 62% usuários do aplicativo na América Latina (36% em 2014). No Brasil uso dessas plataformas foi maior do que a média global. Em 2015, 55% dos brasileiros entrevistados usavam o Instagram e 23% estavam no Snapchat, em 2016 foram 75% e 57%, respectivamente. 30% dos entrevistados disseram sentir que seus comportamentos online estavam sendo rastreados pelas marcas. Duas em cada quatro pessoas de 16 a 24 anos (40%) disseram que confiavam mais no que as pessoas diziam online sobre uma marca do que em fontes “oficiais”, como jornais, sites das marcas ou anúncios de TV. Ainda que as gerações mais novas fossem a maior parcela de usuários de mídias sociais em todas as plataformas, uma faixa etária ganhou espaço: um em cada cinco usuários de internet entre os 55 e 65 anos usavam o Instagram, 47% a mais que em 2015. O compartilhamento de “fotos em tempo real” também aumentou nessa faixa etária, sendo 9% dos usuários entre 55 e 65 anos usuários do Snapchat, 3% a mais que em 2015. No Brasil, 57% dos usuários de internet dessa faixa etária também usavam o Instagram e 37% também conheciam e usavam o Snapchat. A medição de uso de Instagram e Snapchat considerou a declaração dos usuários sobre o seu uso (diário, semanal, mensal ou menos frequente que isso). (Convergência Digital, dados Connected Life, da Kantar TNS, realizado com 70 mil usuários de internet em 57 países, sendo 1.022 no Brasil, entre os meses de junho e setembro de 2016. Acesso em 9.12.2016)

PNAD mostra troca de computador por outros meios de acesso a internet. Pela primeira vez, houve redução na proporção dos usuários de internet via computador, embora tenha aumentado o acesso. Foram 31,4 milhões de lares com computador em 2015 (46,2% do total), menos que os 48,5% medidos em 2014. O acesso a internet subiu de 54,4% para 57,5%, com cerca de 102,1 milhões de pessoas de 10 anos ou mais de idade – crescimento de 7,1% (ou 6,7 milhões de usuários). De 2014 a 2015, a proporção de internautas passou de 54,4% para 57,5% da população. Os mais assíduos foram os usuários com 15 a 17 anos (82,0%) de idade e de 18 ou 19 anos de idade (82,9%). Contudo, os grupos que mais cresceram foram os de 40 a 49 anos (que passaram de 49,4% em 2014 para 55,3% em 2015) e de 50 anos ou mais (de 24,3% para 27,8%). Por sexo, 58,0% das mulheres e 56,8% dos homens acessaram a Internet. 7,5% a mais de mulheres e 6,6% de homens acessaram a Internet. Em 2015, 139,1 milhões de pessoas de 10 anos ou mais de idade (78,3%) tinham telefone móvel celular para uso pessoal, incremento de 2,5 milhões de pessoas frente a 2014 (77,9%), crescimento de 1,8%. E embora a maior proporção estivesse entre 25 a 29 anos (89,8% tinham celular), em todos os grupos etários mais de 80% também tinham – com exceção das crianças de 10 a 14 anos (54,1%). As mulheres (78,9%) apresentaram maior proporção que os homens (77,6%). E embora ainda não tão comum como fogão (98,8%), geladeira (97,8%) e televisão (97,1%), o telefone está entre os itens essenciais – em 93,3% dos domicílios, mais do que rádios (69,2%) e abastecimento de água (85,4%). Em 58% dos casos, o celular é o único telefone disponível. (Convergência Digital, dados pesquisa nacional por amostragem de domicílios, IBGE, acesso em 27.11.2016)

Em nove meses, banda larga fixa soma 1 milhão de novos acessos. O número de conexões fixas à internet no Brasil era de 26,52 milhões ao fim de setembro de 2016, crescimento de 1 milhão de acessos ao longo do ano, ainda que a alta no mês tenha sido marginal, de 13 mil acessos (0,05%). As conexões de fibra ótica tiveram o crescimento mais notável, quase um terço dos novos acessos (317,3 mil), passando a representar 6% do mercado. Também significativas foram as adições via cabo (277,8 mil) e até mesmo o acesso xDSL (145 mil) que ainda representa mais da metade das conexões ativas (50,5%). A Telecom Americas (Net/Claro/Embratel) lidera o mercado com 8,3 milhões de assinantes (31,6%), seguida pela Telefônica com 7,4 milhões (28,19%) e pela Oi, com 6,4 milhões (24,1%). Juntos, os três grupos detém 84% de todos os acessos fixos à internet no Brasil. (Convergência Digital, acesso em 13.11.2016)

Geração Y dá mais importância à conexão com internet do que a serviços básicos, afirma estudo. Pesquisa mostrou que integrantes da Geração Y (idade entre 15 e 35 anos) prefeririam ficar sem encanamento, aquecimento e ar condicionado, transporte pessoal e TV a cabo a ficar sem conexão com internet e eletricidade para carregamento dos dispositivos conectados, revelou estudo feito em São Francisco, São Paulo, Londres e Hong Kong, comparando a opinião em relação à conectividade de integrantes da Geração Y e de Baby Boomers (Geração X, idade entre 51 e 70 anos).  O relatório mostrou que em vez de tratar a internet como “ferramenta”, “base de conhecimento” ou “meio para determinado fim” como os Baby Boomers — a Geração Y via a internet como parte de sua identidade individual e social.  Outra etapa da pesquisa foi feita nas regiões de Bogotá e da Cidade do México. Dados sugerem que a Geração Y paulistana era mais apegada aos smartphones do que as das duas outras cidades latinoamericanas: 78% afirmaram não poder passar um dia longe dos dispositivos, contra 69% na Cidade do México e 68% na capital colombiana. O número superou a média das outras três regiões pesquisadas. Outros resultados da pesquisa:- 75% das pessoas da Geração Y concordaram que não poderiam sobreviver um dia sem seu smartphone, em comparação com 51% da geração Baby Boomers. – 73% da Geração Y preferiam desistir da TV a cabo ou via satélite do que de seu smartphone, em comparação com 42% dos Baby Boomers – 50% da Geração Y concordaram que deviam ter o último modelo de smartphone, comparado com 27% dos Baby Boomers. – 67% da Geração Y concordaram que a mídia social era sua principal forma de comunicação social, em comparação 35% dos Baby Boomers. (Administradores.com, dados da pesquisa “Sua rede: agora atendendo à Geração Y”, realizada pela CommScope em parceria com a Censuswide, acesso em 23.10.2016)

Brasileiro acessa a internet por Wi-Fi e pelo celular.  Em 2015, pouco mais da metade dos brasileiros acessava a internet com regularidade – 58%, via conexão fixa por Wi-Fi, em celulares. 89% das pessoas usavam celulares para navegar, seja em casa (90%), na casa de amigos ou vizinhos (56%) ou no trabalho (38%). Mas existia Wi-Fi disponível: 87% dos acessos pelo celular usavam esse tipo de conexão, enquanto o uso de 3G ou 4G foi menor, 72%. Só na classe A o uso de 3G/4G (94%) foi tão comum quanto WiFi (93%). Mas se a disponibilidade de Wi-Fi permitiu número crescente de internautas (a proporção de usuários era 51% em 2013, 55% em 2014 e chegou aos 58% em 2015), parece ter estacionado pela metade a disponibilidade de internet nos domicílios (43% dos lares acessavam a rede em 2013, 50% em 2014 e chegou a 51% em 2015). Disseminado entre os mais ricos (97% da classe A e 82% da classe B), só havia acesso a internet em 49% dos domicílios da classe C, e em 16% das classes D/E. Dos 32,8 milhões de lares desconectados, 30 milhões eram mais pobres (D/E), 11,7 milhões localizados no Sudeste, onde também se concentrou o maior número de conectados (60% dos lares com internet). O preço foi o problema alegado pela maioria que não tinha acesso, seguido pela disponibilidade. Na área rural, 22% dos domicílios tinham acesso à internet, abaixo dos 56% dos domicílios de áreas urbanas com rede. Na área rural, a falta de disponibilidade foi  o principal motivo para 53% dos domicílios não terem conexão. (Convergência Digital, dados da TIC Domicílios, da Cetic.br, o braço de pesquisas do Comitê Gestor da Internet, divulgados 13.9.2016, acesso em 15.9.2016)

Fibra óptica cresce, mas ainda responde por apenas 5,77% da banda larga. Em julho, o Brasil contava com 26,3 milhões de acessos fixos a internet. Em alta pequena, mas constante, o total de acessos cresceu 837,5 mil nos sete primeiros anos de 2016. A concentração no topo continuou sendo a regra. Juntas, Net (Claro), Telefônica (com GVT) e Oi reuniam 84 de cada 100 acessos. Na ponta de baixo, porém, 9,94% do mercado já era atendido por empresas com menos de 50 mil clientes, ou pequenos provedores. No que é um reflexo da liderança de mercado pela Net, praticamente um terço dos acessos – 32,47% – são por cable modem. A fibra óptica – ainda escassa no país – representa 5,77% das conexões, tendo respondido por um quarto dos novos acessos de 2016. Mas a maioria da banda larga no Brasil ainda se deu por xDSL (50,9%). (Convergência Digital, dados da Anatel divulgados em 9/9, acesso em 15.9.2016)

Comércio eletrônico cresce 5,2% no primeiro semestre. O comércio eletrônico cresceu 5,2% no primeiro semestre no Brasil, chegando a R$ 19,6 bilhões, segundo relatório da E-bit. O número de consumidores virtuais ativos (quem realizou pelo menos uma compra) cresceu 31%, com 23,1 milhões. Houve, ainda, crescimento de 18,8% nas vendas por meio de dispositivos móveis, mas com tendência de crescimento maior, pois em junho o percentual bateu os 23%. Além disso, houve alta de 7% no tíquete médio, que chegou a R$ 403,46. Aumento devido, ao menos em parte, à variação de 2,83% nos preços, conforme medido pelo índice FIPE/Buscapé – alta menor que os 3,73% registrados no primeiro semestre de 2015 segundo a E-bit, pela menor pressão do câmbio sobre produtos e componentes importados. O desemprego em alta afetou a disposição da Classe C de comprar online: houve queda de 2% nos pedidos, em comparação com 2015 e foram contabilizadas 48,5 milhões de encomendas virtuais. A participação dos segmentos de maior renda parece ter aumentado: a renda média familiar dos consumidores online cresceu 11%, alcançando R$ 5.174. A categoria “Livros, Assinaturas e Apostilas” (14%) assumiu a liderança em volume de pedidos, seguida por “Eletrodomésticos” (13%), “Moda e Acessórios” (12%), “Cosméticos e Perfumaria /Cuidados Pessoais/Saúde” (12%) e “Telefonia/Celulares” (9%). Ainda assim, uma pesquisa especial com 7.809 consumidores, entre 3 de junho e 11 de julho, focada nos produtos comprados nos três últimos meses, apontou celular/smartphone como o item preferido, com 26% das respostas. Moda Feminina/Acessórios (19%), Moda Masculina/Acessórios (15%), Perfume (12%) e Esporte e Lazer (11%) foram outros itens indicados. Essa pesquisa indicou que, em média, as pessoas demoram 16 dias para tomar a decisão de adquirir um celular/smartphone. Preço (57%), qualidade (50%) e frete grátis (23%) foram os fatores mais importantes na decisão. (Convergência Digital, dados E-bit, E-commerce News, acesso em 15.9.2016)

Comércio eletrônico cresce 5,2% no primeiro semestre. O comércio eletrônico cresceu 5,2% no primeiro semestre no Brasil, chegando a R$ 19,6 bilhões, segundo relatório da E-bit. O número de consumidores virtuais ativos (quem realizou pelo menos uma compra) cresceu 31%, com 23,1 milhões. Houve, ainda, crescimento de 18,8% nas vendas por meio de dispositivos móveis, mas com tendência de crescimento maior, pois em junho o percentual bateu os 23%. Além disso, houve alta de 7% no tíquete médio, que chegou a R$ 403,46. Aumento devido, ao menos em parte, à variação de 2,83% nos preços, conforme medido pelo índice FIPE/Buscapé – alta menor que os 3,73% registrados no primeiro semestre de 2015 segundo a E-bit, pela menor pressão do câmbio sobre produtos e componentes importados. O desemprego em alta afetou a disposição da Classe C de comprar online: houve queda de 2% nos pedidos, em comparação com 2015 e foram contabilizadas 48,5 milhões de encomendas virtuais. A participação dos segmentos de maior renda parece ter aumentado: a renda média familiar dos consumidores online cresceu 11%, alcançando R$ 5.174. A categoria “Livros, Assinaturas e Apostilas” (14%) assumiu a liderança em volume de pedidos, seguida por “Eletrodomésticos” (13%), “Moda e Acessórios” (12%), “Cosméticos e Perfumaria /Cuidados Pessoais/Saúde” (12%) e “Telefonia/Celulares” (9%). Ainda assim, uma pesquisa especial com 7.809 consumidores, entre 3 de junho e 11 de julho, focada nos produtos comprados nos três últimos meses, apontou celular/smartphone como o item preferido, com 26% das respostas. Moda Feminina/Acessórios (19%), Moda Masculina/Acessórios (15%), Perfume (12%) e Esporte e Lazer (11%) foram outros itens indicados. Essa pesquisa indicou que, em média, as pessoas demoram 16 dias para tomar a decisão de adquirir um celular/smartphone. Preço (57%), qualidade (50%) e frete grátis (23%) foram os fatores mais importantes na decisão. (Convergência Digital, dados E-bit, E-commerce News, acesso em 15.9.2016)

Tráfego de dados na Olimpíada foi 10 vezes maior do que na Copa. O uso de dispositivos eletrônicos durante a cerimônia de abertura das Olimpíadas no Rio gerou tráfego de dados mais de duas vezes maior que a abertura da Copa em 2014, 1,7 Terabytes (TB), contra 0,7, no Maracanã. E no total, o uso de dados foi dez vezes superior: 255 TB, contra 24 TB há dois anos. A Anatel autorizou mais de 39 mil pedidos de uso temporário de espectro, licenciou 90 mil equipamentos, e fez medições diárias nos pontos de competição.  Nas medições diárias do desempenho do SMP, no agregado das operadoras móveis, o ‘pior’ índice de acesso ficou na casa dos 98%. “Foi um sucesso de operação”, emendou o superintendente de fiscalização, Marcus Paolucci. Os Jogos Olímpicos atraíram 206 países e 640 competições em 37 arenas, com o mesmo número médio de eventos por dia. Na Copa, foram 64 jogos distribuídos pelo dobro de dias da Olimpíada. E além de ter mais gente – 7,5 milhões de ingressos contra 3,5 milhões em 2014 – o 4G estava muito mais disseminado. A agência sabia que o desafio era grande e negociou com as quatro principais operadoras móveis do país a instalação de 320 estações radio-base nos locais de competição – como fast sites ou antenas distribuídas instaladas nas arenas. Pelas redes de celular passaram 30 milhões de chamadas de voz e o equivalente a 486 milhões de fotos enviadas ou recebidas. Só o tráfego no Parque Olímpico da Barra (havia arenas em Copacabana, Maracanã e Deodoro também) foi de 87 TB, ou mais de 3,5 vezes todo o tráfego móvel durante a Copa de 2014. (Convergência Digital, dados fornecidos pela Anatel, acesso em 27.8.2016)

Hackers usam Worms e botnets e aumentam ataques automatizados em 715% no Brasil. Cibercriminosos agiram ativamente durante as Olimpíadas no Brasil, mas começaram a agir antes, aumentando os ataques de reconhecimento de alvos para que, durante o período dos Jogos, os ataques com intuito de roubos se concretizassem em alvos qualificados. Entre julho e agosto foi registrado um crescimento geral de 196% de ciberataques. No ranking das modalidades, destacaram-se: 1º – Ataques automatizados (crescimento: 715%) – worms, que se multiplicam através de vulnerabilidades de aplicação ou rede e têm como objetivos enviar documentos para fora da empresa, roubar identidades ou inundar uma rede e botnets, redes de computadores zumbis controlados remotamente por hackers, que as utilizam para enviar spam e iniciar ataques de DoS ou DDoS. 2º – Ataques de DoS e DDoS (crescimento: 330%), para tornar indisponíveis grandes servidores, serviços e infraestruturas; 3º Ataques WEB (crescimento: 231%), ataques a sites se aproveitando de vulnerabilidades para comprometê-los; 4º – Ataques Buffer OverFlow (crescimento: 91%), que buscam explorar falhas de softwares, aplicações e sistemas operacionais até resultar em acesso ilegal; 5º – Malware (crescimento: 38%), mais de 480 mil códigos maliciosos disparados para infectar máquinas, interromper sistemas, ganhar acesso não autorizado ou coletar informações sobre o sistema ou usuário sob ataque. (Convergência Digital, dados do Arcon Labs – equipe de inteligência que analisa tendências de ameaças, promove estudos e gera a threat intelligence usada nos serviços da empresa, recém-comprada pela NEC do Brasil, acesso em 27.8.2016)

Menos de 30% dos brasileiros dizem navegar na Internet no trabalho. 83% dos usuários de internet navegaram em suas redes sociais nos últimos 30 dias no Brasil final [24 de julho a 24 de agosto]. Na sequência das atividades mais realizadas pelos respondentes da pesquisa, está assistir e/ou baixar vídeos (69%), ler notícias nacionais e internacionais (61%) e ouvir música (38%). A pesquisa revela também que o acesso à internet é móvel: 68% dos respondentes navegam via smartphones, enquanto 60% entram na internet a partir de computadores – notebooks ou desktops. Sobre o local de acesso, a maioria usa a internet em casa (93%), e 26% entram na rede no trabalho. Ainda segundo o levantamento, 44% concordam que “internet é a minha principal fonte de entretenimento” e 59% dos internautas recorrem primeiro à internet quando buscam qualquer tipo de informação. A pesquisa representa os hábitos de 47% da população brasileira entre 12 e 75 anos, o equivalente a 83 milhões de pessoas. (Convergência Digital, dados fornecidos pela Kantar IBOPE Media, Target Group Index, acesso em 27.8.2016)

Velocidade na internet aumenta, mas Brasil cai para 95º em ranking global. A velocidade média da internet no Brasil foi de 4,5 Mbps no primeiro trimestre deste 2016. A velocidade aumentou 9,3% sobre os 3,5 Mbps medidos no fim de 2015. Mas como o ritmo ficou abaixo da média mundial, o Brasil caiu de 89o para 95o lugar no ranking com 146 países. No geral, as velocidades de conexão cresceram 12% entre o terceiro trimestre do ano passado e o primeiro deste 2016, passando para 6,3 Mbps. Seguem na ponta os países que já são líderes tradicionais: a Coreia do Sul, com média de 29 Mbps, seguida por Noruega (21,3 Mbps), Suécia (20,6), Hong Kong (19,9) e Suíça (18,7). Entre os 10 primeiros, a velocidade média não é menor que 17,7 Mbps. Também na visão global,  73% das conexões já compreendem velocidades acima de 4 Mbps, sendo 35% acima de 10 Mbps e 21% com mais de 15 Mbps. No Brasil, o cenário é diferente. Menos da metade das conexões (44%) têm velocidades acima dos 4 Mbps, percentual que cai para 3,8% no caso das acima de 10 Mbps e somente 1,1% acima de 15 Mbps. O Brasil aparece com algum destaque, porém, na implementação da nova versão do protocolo internet, ou IPv6. Com 8% do tráfego em IPv6, o país aparece em 16o entre 263 nações – mas dessa lista, apenas os 76 primeiros têm alguma implementação do novo protocolo. Mais do que isso, pelo menos duas redes no país aparecem muito bem no relatório – a Net e a GVT – nas quais 16% e 14% do tráfego, respectivamente, já é em IPv6. A Bélgica segue liderando a implementação, com 36% do tráfego em IPv6. (Convergência Digital, dados fornecidos por Akamai, relatório trimestral sobre o Estado da Internet, acesso em 22.8.2016)

No Brasil, a cada hora de navegação, 35 minutos acontecem em redes WiFi. Os números costumam convergir para a essencialidade das redes fixas. E não só pelo volume de dados. Mesmo o tempo de navegação por smartphones ou tablets mostra um predomínio da banda larga fixa. É um comportamento global. Em geral voltada para o estado das redes 4G/LTE, a pesquisa descobriu um predomínio do WiFi ao redor do planeta em relação ao tempo conectado. É natural que o volume de dados transferidos seja maior em redes fixas. Em geral, segundo dados de fabricantes de equipamentos, como a Cisco, 70% do tráfego é pela infraestrutura da rede fixa. Mais do que aproveitar WiFi disponível para baixar ou subir os arquivos maiores, ele é naturalmente a rede preferencial das pessoas. Segundo estudo realizado, em 46 de 95 países avaliados os smartphones estão mais de 50% do tempo conectados por WiFi. Nem todos são a Holanda (70% do tempo), mas há uma grande proporção dos que se situam entre 50% e 60%, como é o caso do Brasil, que aparece em 12o em tempo de uso de WiFi. Por aqui, em cada hora navegada por celulares, 35 minutos são suportados por redes fixas. O estudo ressalva que o avanço da tecnologia aproxima a experiência de navegação seja por redes fixas ou móveis. Mas o acesso via WiFi muitas vezes tem preço imbatível. (Convergência Digital, dados fornecidos por OpenSignal, acesso em 22.8.2016)

Cresce o interesse das lojas virtuais por hospedagem brasileira. Em 2015, 45% das empresas de e-commerce brasileiras buscaram companhias norte-americanas para hospedar seus negócios virtuais, enquanto 28% deram preferência às brasileiras e 26% optaram por fornecedores de outros locais. Em 2016, essa distância diminuiu: 44% dos lojistas contrataram as empresas brasileiras para realizar este serviço, 45% preferiram as americanas e 10% de outros países. Os motivos que acarretaram estas alterações são a situação econômica do país, a alta do dólar e o aumento dos impostos sobre a comercialização do serviço de hospedagem, que diminuem o custo dos lojistas de manutenção de um site no Brasil. Mas a vantagem das organizações brasileiras diante das estrangeiras pode ser passageira. Caso o dólar volte a cair, a probabilidade é que as lojas virtuais adotem os provedores de hospedagem estrangeiros, pois a qualidade dos serviços prestados por eles ainda é superior. No entanto, diante do crescimento de interesse dos comércios eletrônicos brasileiros, também aumentam as oportunidades dos hosts nacionais de se consolidarem neste mercado. As locadoras de espaço virtual do Brasil precisam investir em funcionalidades e tecnologia, para ter mais estabilidade nos sistemas. Dessa forma, tornam-se mais competitivas para brigar pela permanência de seus clientes e uma melhoria no mercado de forma geral. (CIO, dados fornecidos por Thoran Rodrigues é CEO da BigData Corp, acesso em 19.8.2016)

Tempo dedicado à TV ainda é maior que à internet. Por conta da internet, o tempo que as pessoas dedicam a algum tipo de mídia é cada vez maior. Ler jornais e revistas, ouvir rádio, assistir TV, ir ao cinema ou navegar na rede consomem quase um terço de todo o tempo. Na média de 71 países, incluindo o Brasil, 435 minutos por dia (7 horas e 15 minutos) são usados em alguma dessas atividades, tempo que vem crescendo nos últimos cinco anos. Em 2010, as pessoas dedicavam 403 minutos (6 horas e 43 minutos) por dia a algum tipo de mídia. Este tempo tem aumentado, mas apesar da internet, a televisão ainda deve apresentar as maiores audiências. Na mesma média dos 71 países, enquanto a rede fica com 110 minutos diários (1h50), praticamente 3 horas por dia (2h57), 177 minutos são dedicados à TV.  Mas a pesquisa faz uma ressalva: os dados se referem somente ao tempo despendido em cada mídia em sua forma tradicional. Ou seja, não considera quanto do tempo na internet fica com a leitura de jornais em formato digital, ou de olho em conteúdos audiovisuais televisivos, ainda que não estejam sendo apresentados em forma linear. (Convergência Digital, dados da ZenithOptimedia, segundo relatório anual com Previsões do Consumo de Mídia, da Zenith, acesso em 13.6.2016)

E-commerce brasileiro fatura R$9,75 bilhões e começa 2016 no azul. O comércio eletrônico do Brasil fechou o primeiro trimestre do ano com uma receita de 9,75 bilhões de reais, valor 1% superior ao do mesmo período de 2015. No entanto, com um total de 24,45 milhões de pedidos, o volume de vendas do setor caiu 6% durante os três primeiros meses no país. Mas o tíquete médio aumentou 7%, passando de 373 reais para 399 reais entre 2015 e 2016. (IDGNow, dados da E-Bit/Buscapé, acesso em 30.5.2016)