Para realizar projetos com base nas características do público, projetistas e gestores de mídias digitais precisam conhecer tendências e contextos genéricos de acesso através de dados estatísticos. Informações sobre o uso da Internet no Brasil publicados em noticiários e órgãos especializados, ajudam esta tarefa.

As fontes estão citadas no final das notas, com links para os textos integrais. Para ver os dados de 2007 até hoje, consulte as outras páginas desta seção pela barra de navegação à esquerda. Não publicamos estatísticas de previsões.

Brasileiros são campeões mundiais no uso das redes de mensagens instantâneas. Pesquisa mostra que a porcentagem brasileira dos internautas que usaram mensagens instantâneas no celular pelo menos uma vez por semana em 2015 foi de 83% em 2015,  enquanto a média global foi de 59%. Em 2014, a parcela foi de 72%. Em relação às redes sociais, o consumo semanal do brasileiro atingiu 83%, enquanto a média global ficou em 65%. 51% dos entrevistados brasileiros consideraram que expor nas redes sociais organizações com comportamentos inadequados tinha impacto maior do que ir à polícia e as autoridades responsáveis. Embora os internautas pensassem que a internet dava mais voz ao consumidor, 61% dos paulistanos entrevistados gostariam de ter acesso a uma ferramenta que checasse a autenticidade de uma reportagem ou de uma postagem. Mais da metade do tráfego de dados de aplicativos em redes móveis estavam concentrados em cinco plataformas: o Facebook encabeçou a lista, sendo responsável por 28% do tráfego móvel no Brasil. Em sequência, estavam a versão móvel do navegador Chrome, com 16%, e o aplicativo do Youtube, que concentrava 15%. O WhatsApp e o Instagram vieram logo atrás com 13% e 6%, respectivamente. (Convergência Digital, dados do ConsumerLab, da Ericsson, acesso em 11.5.2016)

Mais de 70% dos consumidores compraram produtos na Internet em 2015. O número de compradores online de eletrônicos e linha branca (geladeira, fogão e ar condicionado) aumentou de 65,6% em 2014 para 71,9% em 2015. As lojas que mais se destacaram foram Americanas, Casas Bahia, Submarino, Extra, Magazine Luiza e Walmart. O “showrooming” foi uma das principais tendências dos consumidores: 75,2% deles afirmaram que conferiam as informações nas lojas físicas e compravam com preço melhor online. O uso do e-mail marketing contribuiu para o crescimento do e-commerce, 62% disseram que recebiam os e-mails, 81% confirmaram terem recebido as mensagens promocionais dentro das lojas e 65% compraram por meio dessas promoções. A líder em “Força de Marca” (com menos rejeição) foi as Lojas Americanas com 12, 9%, seguida de Casas Bahia (8,4%), Magazine Luiza (5,7%) e Extra (4,1%) e Walmart (3%. Lojas de expressão menor destacaram-se no índice “Valor Percebido” (custo-benefício percebido): a Lojas Cem liderou, com nota 1,053, seguida por Lojas Havan (1,050), Eletro Shopping (1,034), Walmart (1,025) e Bemol (1,024). Os consumidores consideraram que Lojas Americanas, Walmart, Lojas Cem e Ricardo Eletro apresentaram os melhores preços – todas receberam nota 8,1. (TIInsideOnline, dados de pesquisa da CVA Solution sobre o varejo eletrônico no Brasil com 7.359 pessoas, acesso em 20.1.2016)

 e-Commerce brasileiro fatura R$ 41,3 bilhões em 2015. O e-commerce brasileiro faturou 41,3 bilhões de reais em 2015, crescimento nominal de 15,3% na comparação com 2014. Foram registrados 106,5 milhões de pedidos no ano, com tíquete médio de R$ 388 (12% maior que o registrado em 2014), em parte devido à inflação, que também elevou os preços dos produtos vendidos no decorrer do ano. (ComputerWorld, dados E-bit/Buscapé, acesso em 20.1.2016)

Governo brasileiro contesta dados do Banco Mundial sobre acesso à Internet. O “Relatório sobre o Desenvolvimento Mundial 2016: Dividendos Digitais”, do Banco Mundial, informou que 98 milhões de pessoas não tinham acesso à internet no Brasil, colocando o país em quinto lugar em número de usuários de internet, atrás da China, dos Estados Unidos, da Índia e do Japão. Mas de acordo com o Ministério das Comunicações, o número absoluto de brasileiros offline chamou a atenção devido ao tamanho da população brasileira, estimada em 204 milhões de pessoas. Segundo a Secretaria de Telecomunicações do ministério, 55% dos brasileiros com pelo menos 10 anos de idade eram usuários de internet e, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), havia 175,2 milhões de pessoas com 10 anos ou mais de idade em 2014. “Logo, de acordo com esses dados, somos 96,4 milhões de usuários e 78,9 milhões de pessoas com 10 anos ou mais de idade offline. Este último número é consideravelmente inferior à estimativa apresentada no estudo do Banco Mundial, mas, ainda assim, representa um grande contingente de pessoas sem acesso à de Internet”, diz o ministério. O governo federal reconhece que a inclusão digital era um grande desafio e, por isso, foi lançado, 2010, o Programa Nacional de Banda Larga (PNBL). Segundo o ministério, entre 2010 e 2014, o número de usuários de internet no Brasil passou de 65,9 milhões para 96,4 milhões. (Convergência Digital, dados do Banco Mundial, Relatório sobre o Desenvolvimento Mundial 2016: Dividendos Digitais e Agência Brasil, acesso em 20.1.2016)

Número de residências com computador no país cai pela primeira vez, aponta IBGE. A proporção de domicílios com PCs passou de 48,9% em 2013 para 48,5% em 2014, quando totalizou 32,5 milhões de residências. Pela primeira vez desde 2004, caiu o número de domicílios com microcomputador no Brasil. Também caiu o número de residências com PCs com acesso à internet no período de referência da pesquisa (28/09/2013 a 27/09/2014), de 42,4% para 42,1%. Mas pela primeira vez a proporção de pessoas que acessaram a internet por meio de um microcomputador passou da metade da população com idade a partir de dez anos (de 49,4% em 2013 para 54,4% em 2014), chegando a 95,4 milhões, aumento 11,4%. Em todas as grandes regiões, houve aumento do número de usuários — 19,3% no Norte, 14,6% no Nordeste, 9,5% no Sudeste, 10,0% no Sul e 12,0% no Centro-Oeste. Uma das razões consideradas pelos pesquisados para a queda no número de residências com PCs com acesso à web é o crescimento dos outros meios de acesso, como smartphones e tablets, não incluídos no estudo. De 2013 para 2014, por exemplo, a proporção de pessoas que possuíam apenas celular em casa passou de 54% para 56,3% (37,8 milhões de domicílios), um aumento de 2,3 pontos percentuais, mais do que a proporção de domicílios com algum tipo de telefone, que aumentou 0,9 ponto percentual, para 62,7 milhões de residências. A posse de celular para uso pessoal também aumentou 4,9% em 2014 (6,4 milhões de pessoas a mais), 136,6 milhões de pessoas com dez anos ou mais de idade tinham o aparelho. A proporção dessas pessoas, que em 2013 era de 75,2%, passou a 77,9% do total. (TIInsideOnline, dados Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios – Pnad – 2014, divulgada a 13 de novembro, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística IBGE, acesso em 20.11.2015)

■ Pesquisa diz que 31% dos brasileiros aceitam compartilhar dados pessoais. 31% entre 2.000 pessoas que participaram de pesquisa da Deloite aceitavam compartilhar dados pessoais com empresas – especialmente se pudessem escolher as informações. 17% disseram não fazer nenhuma restrição à coleta de seus dados pela internet. 57% dos brasileiros que possuíam smartphones acessavam o aparelho menos de 5 minutos depois de acordar. Em média, os brasileiros olhavam seus aparelhos 78 vezes por dia – as mulheres, mais, 89 vezes; os homens, um pouco menos, 69. Jovens de 18 a 24 anos checavam o smartphone 101 vezes por dia – o dobro dos que têm entre 45 e 55 anos. Nos aparelhos móveis, as conexões fixas foram a principal forma de acesso à internet: 81% utilizavam mais o Wi-Fi de casa, do trabalho ou de um local de estudo para se conectar, enquanto 14% utilizam o 4G. 40% preferiam usar o celular para assistir a vídeos curtos em vez de outros dispositivos como laptop ou tablet. Foi também o canal favorito para checar informações nas redes sociais para 55% deles e, para tirar fotos, para 67% (37% tiravam ao menos uma foto por dia). 17% usavam os smartphones diariamente para fazer operações bancárias, mas se perguntados sobre o pagamento de contas, 56% responderam nunca ter realizado transações pelo aparelho, enquanto 62% disseram nunca ter feito transferências de dinheiro por esse canal. A maior parte das propagandas foi recebida pelas redes sociais (35%), mais ainda que por e-mails (33%) e vídeos (29%). 61% dos usuários fizeram downloads de aplicativos: 43% baixaram ao menos um deles no mês anterior à pesquisa. (Convergência Digital, dados da Deloite,  Pesquisa Global do Consumidor Móvel, acesso em 6.11.2015)

■ IBGE: Serviços de telecom têm primeira queda na receita desde 2012. Quedas nas receitas do setor de serviços em 2015, só não se verificaram em março. Apenas o segmento de serviços de informação e comunicação teve alta, de 0,2%, graças à Tecnologia da Informação. Desde 2012, em agosto de 2015 ocorreu a primeira queda da receita nominal de serviços de telecom (-0,4%). Mas houve sinais de que o desaquecimento também chegou na TI. O volume de serviços caiu pela primeira vez em agosto (-0,5%). (Convergência Digital, dados do IBGE, em parceria com a E-bit, acesso em 24.9.2015)

■ Comércio eletrônico responde por 2,6% do varejo em São Paulo. Até agosto de 2015, o faturamento real do varejo eletrônico no estado de São Paulo apresentou alta de 1% na comparação com o mesmo período de 2014. No comparativo do mesmo período de 2014 em relação a 2013, a alta havia sido de 17,9%. O levantamento projeta que o varejo paulista faturou cerca de R$ 350 bilhões entre janeiro e agosto de 2015, sendo que o e-commerce representou 2,6% do total,  um faturamento real de R$ 9 bilhões. No período, foram efetuados 25,1 milhões de pedidos, com ticket médio de R$ 359 em todo o estado. Embora os dados de faturamento do varejo paulista de agosto ainda fossem uma prévia, a participação do faturamento real do comércio eletrônico passou de 2,5% em julho para 2,3%. Trata-se da menor participação já observada desde o início do ano e da primeira vez que o indicador apresenta queda na comparação com o mesmo mês do ano anterior. O comércio varejista total, segundo dados projetados da PCCV, deve ter atingido um faturamento real de R$ 44,4 bilhões, enquanto o comércio eletrônico acusou faturamento de R$ 1 bilhão. Com ticket médio de R$ 370,9 no mês, foram realizados 2.783.372 pedidos – o menor valor deste ano. Na comparação entre agosto de 2015 frente ao mesmo mês do ano anterior, nota-se um recuo de 10,1% do faturamento do comércio eletrônico no estado. (Convergência Digital, dados de estudo da FecomercioSP, em parceria com a E-bit, acesso em 24.9.2015)

■ Velocidade média da Internet no Brasil é de 3,6 Mbps. A velocidade média da internet no Brasil cresceu no segundo trimestre de 2015 e passou de 3,4 Mbps para 3,6 Mbps, 25% a mais que em 2014. Mas no acompanhamento trimestre a trimestre (144 países), o Brasil passou de 89ª para 90º. Em relação à média de picos de conexão, o Brasil registrou 27 Mbps, aumento trimestral de 12% e de 32% em relação ao último ano. Nesse caso, o país subiu da 82ª para 80ª posição no ranking global de picos de conexão. O levantamento indica que no Brasil, uma página da web é carregada em 6416 milissegundos com o uso de banda larga fixa.A velocidade é um pouco mais baixa nas conexões móveis, com tempo médio de abertura de um site em 7324 ms. No panorama geral, no segundo trimestre de 2015 a média global de velocidade de conexão manteve-se superior à considerada banda larga (4 Mbps), com 5,1 Mbps, e apresentou crescimento de 3,5% em relação aos três meses anteriores. A Coréia do Sul continua líder, com média de 23,1 Mbps. (Convergência Digital, Akamai, acesso em 24.9.2015)

 84 milhões de brasileiros ainda estão off-line, afima a ONU. Oitenta e quatro milhões de brasileiros ainda não tinham acesso à internet até o meio de 2015, ficando o país na 67a colocação mundial, empatado com a Venezuela. Em relação à internet instalada em domícílios, o Brasil ficou  no 32o lugar, embora apenas 11% com banda larga. Na conexão à internet pelo celular, o Brasil ficou na 27a colocação. (Estadão, dados da ONU, acesso em 21.9.2015)

Brazilians hooked on Facebook improve telecoms’ profit putlook. Apesar da dificuldades econômicas que o Brasil vem enfrentando, o futuro das empresas de telecomunicações é promissor. (Washington Post/Bloomberg, acesso em 19.9.2015)

Acesso à internet via celular triplicou no Brasil nos últimos 3 anos. O número de brasileiros que usou o celular para se conectar à internet mais do que triplicou nos últimos três anos. 47% dos brasileiros com 10 ou mais anos usaram o telefone móvel para navegar na web.  Destes, 84% afirmaram usar a internet quase todos os dias. O número de domicílios brasileiros com conexão à internet foi de 50%. Na região Sudeste, 60% dos entrevistados tinha acesso, e na região norte, 35%.  Na classe A, a proporção de domicílios com acesso à internet foi de 98%, enquanto nas classes D e E apenas 14% estavam conectados. Nas áreas urbanas, a proporção foi de 54%, enquanto nas rurais foi de 22%. (Valor Econômico,  dados pesquisa TIC Domicílios 2014, colhidos entre outubro de 2014 e março deste 2015 em 19 mil residências, acesso em 16.9.2015)

Dois terços dos lares conectados usam redes WiFi. Até março de 2015, 66%, ou dois em cada três lares com internet no país, dispunha de redes WiFi. Foi quase o mesmo percentual dos lares que contavam com banda larga fixa (67%) para acesso à rede, acima dos 25% que indicaram se conectar por meio da rede móvel 3G. Por banda larga fixa a pesquisa entendeu os acessos DSL, os cabos de cobre, principal forma de conexão, com 27% do total, seguido pelo cabo (26%), rádio (9%) e satélite (5%). Ainda houve 2% de acesso discado. 14% dos domicílios com acesso compartilhavam a conexão com vizinhos. Em 18% dos lares pagava-se até R$ 30 pela principal conexão – (38%) dos domicílios com renda de até um salário mínimo. Em 11%, 12% e 10% dos lares pagava-se, respectivamente, até R$ 50, R$ 60 e R$ 70 pelo principal acesso. Só 2% pagavam mais de R$ 150. O ‘custo elevado’ se manteve como principal motivo apontado pelos domicílios que não tinham acesso à internet, com 49%, acima da ‘falta de computador’ (47%), ‘falta de interesse’ (45%), ‘falta de necessidade’ (40%), ‘falta de habilidade’ (30%) e ‘falta de disponibilidade do serviço’ (18%). 35% das conexões eram de até 2 Mbps (sendo 5% de até 256 kbps), 9% de 2 a 4 Mbps, 8% de 4 a 8 Mbps, e 23% acima de 8 Mbps. As atividades mais citadas na rede foram enviar mensagens (83%), usar redes sociais (76%), compartilhar conteúdos (67%), e-mail (64%), procurar informações (63%) e assistir filmes ou vídeos (58%). (Convergência Digital,  dados pesquisa TIC Domicílios 2014, colhidos entre outubro de 2014 e março deste 2015 em 19 mil residências, acesso em 16.9.2015)

Número de municípios com Wi-Fi cresceu 83,2% em dois anos, diz IBGE15. O número de municípios que ofereciam algum tipo de conexão Wi-Fi pública no Brasil cresceu 83,2% entre 2012 e 2014. Entretanto, eram poucas as cidades que ofereciam o serviço. Em 2014, 1.457 cidades do país – 26,2% – tinham alguma conexão gratuita neste modelo, contra 795 municípios em 2012, o equivalente a 14,3%. Em 62,4% dos municípios o serviço era oferecido apenas em alguns bairros da área urbana e apenas 79 cidades disseram prover Wi-Fi em toda a sua extensão. Mesmo nas cidades de São Paulo e Rio de Janeiro, conseguir conectar nos pontos de Wi-Fi público era um desafio. No Rio, o UOL visitou sete locais em que a internet pública deveria funcionar sem restrições, mas só conseguiu entrar nas redes sociais nas praias do Leblon e Ipanema. Em São Paulo, a reportagem foi a cinco lugares que contavam com o serviço, mas só conseguiu conexão boa em dois pontos. (UOL Tecnologia,  dados IBGE, Perfil dos Municípios Brasileiros (Munic) 2014, acesso em 28.8.2015)

Comércio Eletrônico cresce dois dígitos no 1º semestre. O comércio eletrônico no Brasil movimentou R$ 18,6 bilhões no primeiro semestre de 2015, crescimento nominal de 16% em relação aos seis primeiros meses de 2014 (R$ 16,1 bilhões). O tíquete médio, de R$ 377, cresceu 13% no ano, devido tanto ao aumento dos preços quanto ao maior volume de vendas de eletrodomésticos e telefonia/celulares. No total, 17,6 milhões de pessoas fizeram pelo menos uma compra online, contabilizando 49,4 milhões de pedidos, queda de 7% no volume de compradores. Com relação às vendas por categoria, moda e acessórios, apesar de terem apresentado queda em relação ao primeiro semestre de 2014, mantiveram a liderança, com 15% do volume de pedidos; a seguir, ficaram  os eletrodomésticos, 13%; telefonia/celulares, 11%; cosméticos e perfumaria/saúde, 11%; e assinaturas e revistas/livros, 9%. Por faturamento, eletrodomésticos esteve no topo, com 25% de participação; seguida telefonia/celulares, com 18%; eletrônicos, com 12%, entre outros. (Convergência Digital,  dados E-bit/Buscapé, acesso em 21.8.2015)

62% das empresas compram pela internet, mas só 21% vendem pela rede. Em 2014, 62% das empresas brasileiras usaram a rede para comprar, mas apenas 21% para vender. 53% sustentaram que isso aconteceu porque seus produtos não eram adequados para venda online, quase a mesma proporção (51%) alegou simplesmente preferir o modelo atual. Da pequena parcela que usava a internet para oferecer serviços e produtos, o canal preferencialmente utilizado (79%) ainda foi o email. (Convergência Digital,  TIC Empresas, do Cetic.br , acesso em 11.8.2015)

Banda larga: Brasil aparece com segundo preço mais barato na América Latina. Pesquisa realizada em 2014 considerou 1.391 planos de oferta de serviços fixos de 48 operadoras, em 20 países latino-americanos. O levantamento mostrou avanços positivos em toda a região, como a redução de 16%, em média, no preço da banda larga fixa em 2014 e de cerca de 30% nos últimos quatro anos. O Brasil apareceu em segundo lugar entre os preços mais baratos de banda larga fixa, com um valor mensal de 12,4 USD PPP (dólar/paridade de poder de compra), atrás apenas da Costa Rica, onde o pacote custava 9,8 USD PPP por mês, com impostos. A Argentina apresentou preço mais caro, com 59 USD PPP. Considerando os planos que mais refletiam a realidade de cada país, o Brasil apareceu como o preço mensal mais barato da América Latina. Também levando-se em conta o que é chamado de “plano típico”, o estudo mostrou que Brasil e Uruguai ocuparam as duas primeiras posições em termos de maiores velocidades oferecidas. No Brasil, a quase dobrou frente a 2013. (Convergência Digital,  dados do Instituto de Estudos Peruanos Aileen Agüero, a partir de levantamento feito pela rede de Diálogo Regional sobre Sociedad de la Información, com metodologia da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico, acesso em 11.8.2015)

Pela primeira vez, celulares são o principal meio de acesso à internet dos jovens brasileiros. Pesquisa realizada entre outubro de 2014 e fevereiro 2015 mostrou que o telefone celular foi o principal meio de acesso à internet no Brasil entre usuários de 9 a 17 anos de idade. A parcela dos que acessaram a rede por meio de dispositivos móveis passou de 53%, em 2013, para 82% em 2014. O uso de tablets com esta finalidade passou de 16% para 32%.  O acesso por meio de PCs, que caiu de 71% para 56%. Dos brasileiros de 10 a 17 anos entrevistados, 77% acessavam a internet (20,5 milhões de pessoas). Na faixa entre 9 e 17 anos, 81% utilizavam a rede todos os dias ou quase todos os dias (63% em 2013). A sala de casa foi o principal local de acesso para 81% dos jovens entrevistados, mas o quarto foi o local preferido, chegando a 73% (57% em 2013). Quanto às atividades online, o acesso a redes sociais predominou (73%). O Facebook foi utilizado por 78% dos usuários de internet entre 9 a 17 anos. Entre os de 15 a 17 anos, o uso se estendeu a 95%, e, entre os de 9 e 10 anos, a 43%. O Instagram foi a segunda rede social preferida (24%), seguido do Twitter (15%). 44% dos jovens de 11 a 17 anos de idade não sabiam mudar as preferências de privacidade no perfil nas redes sociais, 36% não sabiam bloquear mensagens de uma pessoa, e 72% não sabiam mudar as preferências de filtros. 15% dos entrevistados disseram ter sido tratados de maneira ofensiva por alguém na rede; 21% já viram mensagens de ódio online contra pessoas ou grupos de pessoas; e 10% tiveram informações pessoais usadas online de uma forma que não gostaram. (O Globo, dados pesquisa nacional TIC Kids On-line 2014, acesso em 29.7.2015)

Brasileiro passa em média 5,3 horas por dia no computador pessoal, diz pesquisa. Pesquisa realizada em junho de 2015  com mil internautas de todas as regiões do país e maiores de 18 anos mostrou que os brasileiros passavam em média 5,3 horas na frente do computador pessoal todos os dias. As famílias tinham em média 1,9 computador, compartilhado na maior parte das vezes por 2 pessoas. 56% citaram o notebook como o principal computador pessoal do domicílio, à frente de desktops (31% dos respondentes). Tablets ficaram em terceiro, com 7% do total das respostas, seguidos pelos notebooks 2 em 1 (2%), all-in-ones (2%) e outros dispositivos (3%). O computador ainda foi o dispositivo preferido para uso doméstico, como assistir a filmes (85%), navegar na internet (74%) e acessar e-mails (73%). A única das atividades na qual os consumidores preferiram o tablet ao computador foi a comunicação com amigos e familiares, em que 51% dos usuários afirmaram que o tablet foi a primeira opção. 3% afirmaram utilizar os dispositivos para games.
46% dos entrevistados tinham planos de comprar novo computador nos próximos seis meses. 34% afirmaram que seu principal computador doméstico estava em uso há mais de dois anos. Na hora da compra de um novo computador, 57% dos entrevistados afirmaram que buscavam em primeiro lugar um bom processador, seguido pela marca (22%) e memória RAM (8%). 33% afirmaram que preferiram lojas online para efetuar a compra, contra 19% de lojas físicas. Pouco mais de um quarto (29%) levou em consideração opiniões e avaliações online. 80% dos consumidores afirmaram que os smartphones seriam o principal ponto de acesso à internet nos próximos dez anos. (CanalTech, dados da Dell, em parceria com Ibope Conecta, acesso em 26.7.2015)

O que falta para a internet brasileira ser tão rápida quanto a da Coreia do Sul? A velocidade média da internet brasileira é de 3,4 Mbps, dando ao País o 89º lugar no ranking mundial. O índice fica abaixo da média mundial (5 Mbps) e de vizinhos como Argentina, Chile e Uruguai. Com relação à internet móvel também abordada pelo estudo da Akamai, o Brasil ficou na 82ª posição do mundo, com uma média de 2,5 Mbps, dessa vez atrás de Venezuela e Paraguai – algo curioso, já que a média de velocidade das conexões fixas desses países estava entre as piores da América Latina.  (Olhar Digital, dados do relatório “State of the Internet”, elaborado pela empresa Akamai, acesso em 29.5.2015)

 Peso econômico da internet no país já supera o de áreas tradicionais. Em 2014, a receita das mais de 139,7 mil empresas de internet ultrapassou R$ 144 bilhões, crescimento de 12,5% em comparação com 2013. O setor representou 1,74% da receita de R$ 8,28 trilhões obtida por todas as empresas brasileiras no ano. É mais que setores como alimentação fora de casa (1,13%), educação (1,03%), produtos têxteis (0,71%) e transporte aéreo (0,44%). A maior parte dos negócios de internet no país (42%) tem receita de até R$ 360 mil. O crescimento nesse segmento foi de 7,9%, influenciado pela abertura de empresas iniciantes. Ao todo, as companhias de internet empregaram 370,5 mil pessoas, com incremento de 7,6% em 12 meses.  (TI Notícias/Valor Econômico, dados Abranet/IBPT, acesso em 13.5.2015)

  Provedores Internet mostram força na banda larga fixa. O Brasil fechou março deste ano com 24,43 milhões de acessos de banda larga fixa, crescimento de 0,6% em relação ao mês anterior. Em janeiro e fevereiro, o crescimento foi de 0,6% e 0,71%, respectivamente, o que se traduziu em penetração de 36,97% dos domicílios. (Convergência Digital, dados Anatel, acesso em 12.5.2015)

  IBGE: renda e escolaridade têm relação direta com acesso à internet. (Valor Econômico, dados IBGE, acesso em 4.5.2015)

  Por que o jornalismo online ainda é pouco confiável? Segundo a Pesquisa Brasileira de Mídia divulgada em 2015, 48% dos brasileiros usavam a internet e ficavam cinco horas conectados por dia (tempo superior ao gasto com a televisão). Entre esses, 92% estavam conectados por meio de redes sociais, pricipalmente o Facebook (83%), o Whatsapp (58%) e o Youtube (17%). 67% dos que acessavam internet estavam em busca de notícias. Queriam não só receber, mas também compartilhar, comentar e produzir informações. Mas o estudo conclui: “Respectivamente, 71%, 69% e 67% dos entrevistados disseram confiar pouco ou nada nas notícias veiculadas nas redes sociais, blogs e sites” (p. 8). (Observatório da Imprensa, dados Pesquisa Brasileira de Mídia 2015, acesso em 4.5.2015)

  Em 2013, 7,2 milhões de brasileiros entraram na internet somente por meio de tablet e celular. 7,2 milhões de pessoas — ou 4,1% da população do país — utilizaram somente aparelhos como smartphones e tablets para se conectar à internet em 2013 (quando 45,3% dos brasileiros usavam o computador para entrar na internet – em 2011, eram 46,5%).  O acesso por celular esteve presente em mais da metade (53,6%) dos lares brasileiros. Já o tablet existia em 17,2% dos domicílios. Entre as residências com internet, 97,7% tinham banda larga (24,1 milhões conectavam-se por banda larga fixa e 13,6 milhões, por banda larga móvel). 11,6% dos domicílios (3,6 milhões) acessavam a internet somente por dispositivos como celular e tablet. O microcomputador foi o principal meio de acesso na maioria dos lares (88,6%), mas no Norte, 8,7% da população usava apenas equipamentos como tablets e celulares para se conectar à internet. A região tinha 38,6% de sua população com acesso à internet, dos quais 29,9% usavam o computador. No Centro-Oeste 4,4% das pessoas utilizavam apenas esses outros aparelhos. O percentual da população que utilizava somente telefone celular ou tablet para se conectar já superava a fatia dos usuários do computador no Sergipe, Pará, Roraima, Amapá e Amazonas. Neste último, o percentual que usava exclusivamente dispositivos móveis chegava a 39,6%, contra 11,1% que preferem o computador. Já no Rio de Janeiro, a proporção era inversa: 43% utilizavam somente o computador, enquanto 7,7% escolheram acessar a rede por dispositivos móveis. (O Globo, dados Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), acesso em 30.4.2015)

  Comércio eletrônico: com dólar em alta, Brasil despenca em ranking global. O Brasil caiu no ranking global do varejo online entre 2014 e 2015, do 7º para o 21º lugar entre os 30 principais países com maior atratividade no comércio eletrônico. A queda só foi superada pela da Argentina, em recessão, que caiu 18 posições, e ficou à frente apenas da Irlanda. No entanto, em 2014, o varejo eletrônico brasileiro movimentou US$ 13 bilhões (R$ 39 bilhões) e cresceu 18%. Isso fez do Brasil o 9º maior mercado em vendas entre 98 países analisados. Com 106 milhões de usuários de internet e 60 milhões de consumidores online, o varejo online brasileiro, mesmo com a crise e a estagnação econômica, deve crescer 20% em 2015. É que em períodos de enfraquecimento da economia, como em 2009, o setor avançou, pois as pessoas pesquisavam preços antes de comprar, prática mais fácil online. Como o ranking foi feito a partir do faturamento em dólar, com a desvalorização do real o mercado brasileiro encolheu em moeda estrangeira, o que pesou 40% no cálculo do indicador. As deficiências em infraestrutura também pesaram, mas influenciaram pouco o resultado porque o mercado se concentrou no Sudeste do país, região com melhor infraestrutura. Com crescimento de 15%, os EUA retomaram a liderança do ranking, ocupada pela China desde 2009. Uma parcela da queda do Brasil no ranking foi devido à evolução positiva dos EUA e dos países europeus há até pouco tempo debilitados pela crise. Países asiáticos, como Japão e Coreia do Sul também perderam posições no ranking global devido ao avanço de economias desenvolvidas e a uma certa saturação dos mercados. Em 2014, as vendas globais online atingiram 800 bilhões de dólares e cresceram 20%. (Convergência Digital, dados consultoria A.T. Kearney, acesso em 8.4.2015)

  Smartphones ficam imunes à crise no Brasil e 4G vira ‘objeto de consumo’. O mercado de celulares inteligentes encerrou 2014 com recorde de vendas no último trimestre. Foram vendidos cerca de 54.5 milhões de smartphones no ano, 55%a mais que em 2013 (5.2 milhões). O estudo mostra também que, somando a categoria de feature phones, o mercado de celulares encerrou 2014 em alta de 7%, com um total de 70.3 milhões de aparelhos comercializados. Isso fez com que o país fechasse 2014 na 4ª colocação entre os maiores mercados do mundo, atrás da China, Estados Unidos e Índia. 95% do mercado está concentrado em seis grandes marcas, algo que não acontece em outros países emergentes. O Brasil teve recorde de vendas de smartphones no 4º trimestre de 2014. Foram 16.2 milhões de celulares inteligentes vendidos, alta de 43% e 14% na comparação com 4º trimestre de 2013 e 3º trimestre de 2014, respectivamente. 15% dos aparelhos vendidos em 2014 tinham acesso a 4G. (Convergência Digital, dados IDC Brasil, acesso em 8.4.2015)

  Brasileiros seguem sem querer pagar pelo uso dos aplicativos. Pesquisa divulgada em 1 de abril de 2015 mostra que 73% dos usuários afirmaram que nunca pagariam por aplicativo, enquanto 83% disseram que nunca pagariam por um aplicativo de serviço. Dentre os apps gratuitos, a maioria dos entrevistados declarou procurar programas de diversão e entretenimento e 4 em cada 10 entrevistados mencionaram possuir todos os aplicativos que precisavam. Os usuários brasileiros ficaram mais tempo com os seus smartphones do que antes. A pesquisa aponta ainda que 40% das pessoas disseram não ter utilizado exclusivamente o computador em 2014. Em 2013, essa porcentagem era de 28%. (Convergência Digital, dados IbopePlus/Qualcomm, acesso em 8.4.2015)

  OTTs crescem 164% e 80% checam smartphones a cada 30 minutos. Pesquisa divulgada em abril de 2015 mostra que 90% dos entrevistados usaram redes sociais pelo celular, e 89% se comunicaram por meio de mensagens over-the-top (OTT). O uso desses serviços aumentou 164% em um ano, enquanto os serviços de voz comuns caíram 64%. Por isso, 36% dos usuários checaram os smartphones a cada 5 minutos nos dias de semana, 24% a cada 15 minutos, 20% de meia em meia hora. 80% dos usuários brasileiros pesquisados olhavam para a tela do aparelho pelo menos uma vez a cada 30 minutos. Houve diminuição de 77% para 70% no número de usuários que ouviam música pelo celular, e de 66% para 58% no recebimento e envio de e-mails. Também diminuiu o uso diário de serviços ou aplicativos de e-commerce pelo dispositivo móvel: de 29% em 2013 para 13% em 2014. 100% dos usuários com smartphone possuíam algum tipo de acesso à internet, sendo 80% por rede móvel 3G/4G e 20% com acesso à banda larga fixa via Wi-Fi. Donos de smartphone sem acesso 3G/4Gnão contrataram as teles devido aos altos preços e ao limite da franquia de dados. Os pacotes pré-pagos dominaram as ofertas das teles – 60%. Aumentou 14% de 2013 para 2014 o gasto médio do brasileiro para comprar novo celular, de R$ 700 para R$ 900. 19% dos brasileiros tinham smartphone com sistemas iOS, Android ou Windows Phone, e 7% smartphones com sistemas como BlackBerry e Bada. 67% adquiriram um smartphone para se manter conectado o tempo todo, pela conveniência de fazer várias coisas ao mesmo tempo (50%) e pelo acesso às as redes sociais (30%). A internet foi mais usada para envio de mensagens (61%), trabalho (26%) e estudo (13%).  (Convergência Digital, dados Ibope/Qualcomm, acesso em 8.4.2015)

  Brasileiros reagem à espionagem e rejeitam repasse de dados por empresas de tecnologia. Apenas um em cada quatro brasileiros concorda que o governo deve monitorar e vigiar os dados de Internet e de telefonia da população. 65% dos brasileiros ouvidos em pesquisa reprovam que autoridades interceptem, armazenem ou analisem dados da rede mundial de computadores ou da telefonia móvel; 25% são a favor e outros 10% não souberam responder. A reprovação nacional é seis pontos percentuais maior que a média dos demais países, que ficou em 59%. A necessidade de monitoramento dividiu entrevistados países como Grã Bretanha, Canadá, Holanda, Nova Zelândia, África do Sul e EUA, que tiveram menos de 10 pontos percentuais de diferença entre os que são a favor e contra. A pesquisa mostrou também que o Brasil foi o país com maior índice de rejeição à ideia de que as empresas de tecnologia devam repassar dados aos governos como forma de segurança, 78%. Ao todo, 55% acreditam que os dados devem ser repassados apenas com ordem judicial, com uso de critérios transparentes. Também ficamos no topo como população mais propensa a reclamar do governo na Internet, caso tenha ciência de que seus dados estão sendo vigiados (29%). Segundo o levantamento, 80% dos brasileiros reprovaram a prática de espionagem norte-americana. Foi a segunda maior taxa do mundo, atrás apenas da Alemanha (81%). O menor índice de reprovação da espionagem veio da França (56%) –a pesquisa foi realizada após o ataque à revista Charlie Hebdo. Em junho de 2013, o ex-consultor da NSA (sigla em inglês da Agência Nacional de Segurança), Edward Snowden, afirmou que Brasília fez parte de uma rede de 16 bases de espionagem operadas pelos serviços de inteligência dos EUA, que espionaram milhares de chamadas telefônicas e e-mails.  (Convergência Digital, dados YouGov, a pedido da organização Anistia Internacional, acesso em 2.4.2015)

  Só um terço dos municípios regulamentou a Lei de Acesso à Informação. A maioria dos estados já regulamentou a Lei de Acesso à Informação 12.527/2011) – que garante aos cidadãos acesso a informações produzidas ou mantidas pelas administrações públicas. Feito entre os meses de fevereiro e março deste 2015, o levantamento indicou que em 81% dos estados – incluindo o Distrito Federal – a regulamentação existia. Com relação aos municípios acima de 100 mil habitantes – o que já incluía as capitais – em apenas 36% foi localizada regulamentação da Lei de Acesso à Informação. Nas capitais, a maioria – 20, das 26 – já contava com regulamentação da Lei. Eram elas Belém, Belo Horizonte, Campo Grande, Cuiabá, Curitiba, Fortaleza, Florianópolis, Goiânia, João Pessoa, Manaus, Natal, Palmas, Porto Alegre, Recife, Rio Branco, Rio de Janeiro, Salvador, São Paulo, Teresina e Vitória. Manaus, Belém e Natal contavam com a regulamentação da LAI, embora os respectivos estados, não. Porto Velho, Boa Vista, São Luis, João Pessoa e Aracaju não o fizeram. E o Amapá foi a única unidade da federação em que nem o estado, nem a capital regulamentaram a Lei.  (Convergência Digital, dados Controladoria Geral da União, acesso em 2.4.2015)

PROTESTE: Internautas ficam sem a velocidade contratada na banda larga fixa. Mais da metade (56%) dos consumidores que utilizaram o medidor da PROTESTE para monitorar a taxa recebida da operadora de internet apontou velocidade abaixo da contratada na banda larga fixa. E 65,2% se mostraram insatisfeitos com a velocidade entregue. Pelas regras de qualidade da internet fixa estabelecidas pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), as empresas são obrigadas a oferecer uma velocidade mínima para a banda larga. A velocidade instantânea entregue deve ser, no mínimo, 40% do contratado em 95% dos acessos. E a velocidade média mensal deve ser no mínimo 80% da velocidade contratada. Segundo o PROTESTE, desde o lançamento do medidor, 128 mil usuários se cadastraram e 5 mil responderam a pesquisa realizada pela PROTESTE. Dos que afirmaram que a taxa média de velocidade recebida era inferior à contratada, 19% apontaram diferença de 10% a menos. E 14% dos entrevistados detectaram nas medições taxa de velocidade 50% menor do que a contratada. O pior caso foi o da operadora Sky, em que 19,2% dos entrevistados apontaram que a velocidade média gerada no relatório do medidor era 60% menor do que a contratada. Clientes da Embratel e Sercomtel apontaram que a taxa de velocidade medida era 40% menor do que a contratada, com 33,3% e 50,0% de respostas, respectivamente. E 24,1% dos consumidores com planos de banda larga da Algar Telecom, afirmaram receber taxa de velocidade 30% inferior ao estipulado em contrato.  (Convergência Digital, dados Proteste, acesso em 2.4.2015)

  Brasil é o sétimo país no ranking global de uso da Internet. O Chile foi o país pesquisado com maior proporção de adultos que usavam a rede mundial diariamente (83%). Nessa relação o Brasil apareceu em sétimo (75%). Nicarágua e Uganda, ambos com 32% de uso diário pelos adultos, foram os últimos da lista. Entre os pesquisados, 86% disseram usar a rede para se manter em contato com amigos e familiares – sendo que 82% o faziam por meio de aplicativos como Facebook, Twitter ou redes sociais locais (a proporção no Brasil foi  igual à média de 82%). A busca por notícias foi o segundo uso, com 54%. O Brasil apareceu com 58%, mesmo percentual daqueles que costumavam usar a rede para obter informações sobre saúde. Entre os países avaliados, saúde respondeu por 46% das respostas sobre o uso da Internet, 42% buscaram informações sobre serviços públicos (47% no Brasil). Música e filmes (72%), esportes (56%) e comentários sobre produtos comprados (37%) foram os assuntos mais comentados nas redes sociais. Política foi o menos comentado (34%). No Brasil, os percentuais foram, respectivamente, 80%, 61%, 58% e 33%. Ainda nos principais usos da rede, a busca por emprego apareceu com 35%. Apenas 22% do total disseram usar a Internet em transações financeiras, bancárias. E somente 16% faziam compras online. No Brasil, 31% disseram adquirir produtos pela rede, enquanto 26% fizeram ou receberam pagamentos. Na Polônia (58%) e na China (52%) comprar pela rede era mais comum. A atividade online menos frequente era o estudo. Em geral somente 13% nos países analisados assistiram a uma aula pela rede ou fizeram algum curso que emite certificado. O índice foi maior no Brasil, onde chegou a 21%. O destaque foi a Colômbia, com 30%. (Convergência Digital, dados Pew Research, acesso em 23.3.2015)

  Mulheres ultrapassam homens no consumo pela internet. 67% das mulheres são consumidoras online, e os homens são 65%. Os itens mais comprados são livros (33%), artigos de moda (32%), sapatos (30%). Os homens preferem artigos eletrônicos (39%), e 24% preferem livros. (Convergência Digital, dados Forrester Research, acesso em 23.3.2015)

  74% dos brasileiros cedem diversos tipos de informações, como geolocalização, contatos, fotos, senhas, pacote de dados do aparelho, que podem ser usadas por criminosos em busca de ganho financeiro. Em sua grande maioria, os usuários desconhecem quais informações estão cedendo aos desenvolvedores de aplicativos e que comprometem sua privacidade e os expõem a riscos. Outros dados da pesquisa: 81% dos entrevistados não sabem que aplicativos podem modificar seus favoritos no celular; 75% não sabem que permitem o acesso à câmera e microfone do smartphone; 38% estão dispostos a permitir que os aplicativos usem mais a bateria para obter um aplicativo gratuito; 45% sabem que estão cedendo a localização de seu aparelho aos desenvolvedores; 1 em cada cinco consumidores permite que um aplicativo controle o quanto usa de seu pacote de dados. (Convergência Digital, dados Symantec, acesso em 24.2.2015)